Apesar das dificuldades que o Brasil tem enfrentado e do trabalho árduo que é viabilizar um evento, o Mit já se consolidou como vitrine importante da produção teatral no Brasil e no mundo.
A abertura da Mostra será no dia 14 de março, no Theatro Municipal de São Paulo, e terá sete espetáculos internacionais e três nacionais, de seis países diferentes (todos os trabalhos vindos do exterior são inéditos no Brasil e na América do Sul). Também integram a programação eventos que promovem discussões sobre o fazer teatral.
A escolha dos espetáculos participantes aconteceu a partir de eixos temáticos:
-Primeiro eixo com o objetivo de propor reflexões sobre o processo de exclusão dos negros e sobre o racismo: o protagonismo negro/autodeterminação e o teatro documentário.
Espetáculos: Black Off(Black Off), de Ntando Cele, da África do Sul e os brasileiros A Missão em Fragmentos: 12 cenas de descolonização em legítima defesa, direção de Eugenio Lima e Branco: o cheiro do lírio e do formol, com dramaturgia de Alexandre Dal Farra.
Seminário: Discursos sobre o Não Dito: Racismo e a Descolonização do Pensamento com curadoria de Eugênio Lima e Majoí Gongora.
-Segundo eixo: teatro documentário. Mateluna (Mateluna), escrita e dirigida por Guillermo Calderón, além de 3 trabalhos de Rabih Mroué, artista que desde a primeira edição tem participado com as suas produções teatrais. São eles: Tão Pouco Tempo (So Little Time), Revolução em Pixels (Pixelated Revolution) e Cavalgando Nuvens (Riding on a Cloud). Ainda nessa linha curatorial tem a peça “
-Terceiro eixo: a mistura de várias áreas e linguagens artísticas.
Espetáculos: Avante, Marche! (En Avant, Marche!) direção de Alain Platel e Frank Van Laecke, da companhia les ballets C de la B, Por que o Sr. R. Enlouqueceu? (Warum läuft Herr R. Amok?), direção de Susanne Kennedy e produção da Münchner Kammerspiele e Para que o Céu não Caia”, da Lia Rodrigues Companhia de Danças.
Seminário: Discursos sobre o Não Dito: Racismo e a Descolonização do Pensamento.
Com curadoria de Luciana Romagnolli e Kil Abreu, Olhares Críticos faz reflexões sobre as dimensões públicas da crise e formas de resistência, inquietação central da MITsp em 2017. Cinco mesas de debate e duas palestras contemplam aspectos complementares dessa perspectiva: o viés político e o artístico, a representação pública, o espaço público e a relação com o público. A ideia é reforçar a importância das reflexões estético-políticas sobre o cenário atual. Outras ações ainda estão previstas para acontecerem: os Diálogos Transversais, o Percursos em Perspectiva, o Espaço de Ensaios e a Prática da Crítica.
Nas Ações Pedagógicas, que tem curadoria de Maria Fernando Vomero, as atividades previstas contemplam não só a partilha dos processos de criação de convidados estrangeiros, mas também propõem um diálogo com temas urgentes da realidade nacional. Uma residência artística com o diretor e ator palestino Ihab Zahdeh, do Yes Theatre, de Hebron (Cisjordânia), vai oferecer, ao longo de três semanas, um workshop de improvisação e criação que tem como proposta desenvolver um breve experimento cênico, e que incorpore igualmente outras manifestações artísticas, como dança e música, com apresentação pública ao final do processo. Trata-se de uma experiência de intercâmbio criativo com um profissional do Oriente Médio, com trajetória internacional e que recentemente desenvolveu uma montagem com atores japoneses do Tokyo Engeki Ensemble. Dois workshops estão programados: um com o encenador libanês Rabih Mroué e outro com o diretor musical e compositor Steven Prengels, da companhia les ballets C de la B.
Espetáculos internacionais
Sinopses resumidas:
-Avante, Marche!, com direção dos belgas Alain Platel e Frank Van Laecke. Parceria com o compositor Steven Prengels, da companhia les ballets C de la B
O espetáculo une música, dança, teatro e performance para falar da vida de um coletivo de indivíduos a partir de uma orquestra de metais, todos eles muito diferentes entre si, e que buscam manter-se num único e distinto andamento, por vezes, pelo método de tentativa e erro – uma metáfora para nosso tempo.
Elenco: quatro atores e sete músicos, acompanhados por 18 instrumentistas brasileiros, sob direção do maestro Carlos Moreno.
Tão Pouco Tempo, Revolução em Pixels e Cavalgando Nuvens, direção do ator, dramaturgo e artista visual libanês Rabih Mroué. Nesses trabalhos o artista fala da história de seu país, numa junção entre realidade e ficção. Questões relacionadas à guerra e, consequentemente à situação política do seu país,estão presentes nesses trabalhos.
-Black Off, com a atriz, cantora e performer de Durban, na África do Sul, Ntando Cele
Performance-concerto que promove reflexões sobre a questão negra, não só em seu país, mas em outras partes do mundo.
A artista passeia pelas instalações de vídeo, pelo "stand-up comedy" e pela performance. Black Off é a combinação entre duas performances anteriores, Face Off e Black Notice.
Por que o Sr. R. Enlouqueceu?” (Warum läuft Herr R. Amok?), com direção de Susanne Kennedy e produção da Münchner Kammerspiele, um dos teatros mais importantes no contexto cênico alemão.
O texto ficou conhecido através do filme homônimo de Rainer Werner Fassbinder.
Na trama, a banalidade do cotidiano: um homem comum faz tudo o que querem que ele faça e, por causa disso, ele mergulha num imenso vazio existencial e se torna um monstro.
Do Chile: Mateluna (Mateluna), escrita e dirigida por Guillermo Calderón, que realiza um teatro engajado politicamente..
Espetáculos nacionais
Para que o Céu não Caia/RJ, de Lia Rodrigues, espetáculo estreado na Alemanha, em Dresden.
O espetáculo foi idealizado a partir do encontro entre bailarinos da Lia Rodrigues Companhia de Danças, junto com os jovens do Núcleo 2 da Escola Livre de Danças da Maré e a campanha Jovem Negro Vivo, da Anistia Internacional.
Para falar do impacto humano na terra e de como preservar a vida no planeta, foram usados os livros Há mundo por vir?, de Deborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro, e A queda do céu, do xamã Davi Kopenawa.
-A Missão em fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa, com direção de Eugênio Lima.
Com performers negros - atores, atrizes, músicos, djs, diretor e mais outros autores da diáspora negra.
Espetáculo realizado a partir da obra A Missão: Lembrança de uma Revolução, de Heiner Müller, onde três emissários da Convenção francesa viajam no inverno de 1798/99 para a colônia inglesa, a Jamaica, para ali organizarem uma revolta de escravos.
Branco: o cheiro do lírio e do formol, dramaturgia de Alexandre Dal Farra - que divide a direção do espetáculo com Janaína Leite
André Capuano, Clayton Mariano e Janaina Leite (que também dirige o espetáculo) pretender abordar criticamente os diversos pontos de vista sobre questões relacionadas à branquitude.
Ficha Técnica da Mostra
Idealização e Direção Artística: Antônio Araújo
Idealização e Direção Geral de Produção: Guilherme Marques
Diretor Relações Institucionais: Rafael Steinhauser
Relações Internacionais: Jenia Kolesnikova e Natália Machiaveli
Curadoria dos Olhares Críticos: Kil Abreu e Luciana Romagnolli
Curadoria de Ações Pedagógicas: Maria Fernanda Vomero
Coordenação Executiva de Produção: Rachel Brumana
Coordenação da Assessoria de Comunicação: Marcia Marques / Canal Aberto
Coordenação de Relações Públicas: Carminha Gongora e Henrique Carsalade
Coordenação Técnica: Ana Irias
Coordenação de Logística: Marisa Ricitelli
Coordenação dos Olhares Críticos: Andreia Duarte
Coordenação do Coletivo de Críticos: Soraya Belusi
Coordenação do Cabaré|Ponto de Encontro: Cássia Andrade
Coordenação Financeira: Patricia Perez
Assessoria Jurídica: José Augusto Vieira de Aquino
Assistente de Relações Internacionais: Fernando Ruiz Braul
Assistente de Assessoria de Comunicação: Daniele Valério / Canal Aberto
Assistente de Coordenação Técnica: Fernanda Guedella
Assistente de Coordenação de Logística: Eloísa Suñé Leite
Assistente de Coordenação Olhares Críticos: João Moreira
Assistente de Coordenação Financeira: Hiago Marques
Redação, Edição e Supervisão de Conteúdo Editorial: Pollyanna Diniz
Tradução de conteúdo técnico e editorial: Patrícia Lopes
Projeto Gráfico e Direção de Arte: Patrícia Cividanes
Autores do logotipo original da MITsp (2014): André Cortez e Regina Cassimiro
Autora do logotipo MITsp versão 2017: Patrícia Cividanes
Assistente de Arte: Janaína Pinho
Site: Marina Duca
Pré-produção: Carminha Gongora e Cássia Andrade
VT Institucional: Natália Machiaveli
Cattering: Cléria Oliveira Moura
Produção: Nélio Teodoro
Assistente de Produção: Jair Nascimento
Serviços Gerais: Cássia Nunes
Página no Face para saber mais detalhes:
https://www.facebook.com/MostraInternacionaldeTeatroSP/?fref=ts
Site: http://mitsp.org/2017/
Empresas e Instituições Parceiras:
Apresentação
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Banco Itaú
Sesc SP
Patrocínio
Banco Itaú
Asus
Copatrocínio
Sabesp
Cesp
Smart
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Ecum Central de Produção
Olhares Instituto Cultural
Itaú Cultural
Sesc SP
Ministério da Cultura - Governo Federal
Correalizadores
Secretaria Estadual de Cultura - Governo do Estado de São Paulo
Centro Internacional de Teatro Ecum - CIT Ecum
Apoio cultural
Secretaria Municipal de Cultura - Prefeitura do Município de São Paulo
TUSP
Folha de S.Paulo
TV Cultura
Parcerias
Goethe-Institut, Waiver, Prohelvetia, Consulado Geral da Bélgica em São Paulo, Consulado Geral da França em São Paulo, Instituto Francês, Rede Atlântica Hotels, Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, Centro Cultural São Paulo, Theatro Municipal de São Paulo, Revista Antro Positivo, Followup Produções Culturais Teatro, Apfel Restaurante Vegetariano, Paribar, Cantina e Pizzaria Piolin, Cantina Luna Di Capri, Planetas Restaurante, MCosta Serviços Contábeis, Affinity Consultoria Contábil, Vieira de Aquino e Degani Sociedade de Advogados.
Leis de Incentivo à Cultura
Lei Federal de Incentivo à Cultura
Canais de venda de ingressos
Venda antecipada de ingressos:
No portal Sesc SP, Ingresso Rápido e CompreIngressos
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