O show é intimista e traz canções portuguesas de diversos estilos e épocas. Destaque para os fados, que estão perdendo força na tradição do país e que a cantora faz questão de mostrar (não somente os mais consagrados, mas os da nova geração de compositores).
Segundo Eugénia, a ideia do show surgiu devido aos imensos pedidos de seus admiradores para que ela cantasse mais canções portuguesas nos meus shows.
Eugénia gosta muito de falar e essa característica contribui para que o show fique descontraído e que o público conheça detalhes interessantes sobre Portugal e sobre os artistas e personalidades portugueses que têm e tiveram relações artísticas com o Brasil. E a cantora homenageia essas pessoas.
A cantora, que sempre fez uma ponte musical entre Brasil e Portugal, leva para o palco do Mube objetos pessoais que formam o belo cenário. Um espaço que transmite todo o amor da artista pela sua terra Natal e que ambienta os ¨causos ¨ que a cantora compartilha com o espectador. Causos de suas viagens musicais, de suas experiências pessoais no Brasil e Portugal, merecendo destaque a sua amizade, e parceria, com o maestro Tom Jobim.
Queremos criar um ambiente muito português no palco, um espaço onde os clichês da cultura portuguesa como os azulejos, os galos de Barcelos, os xales, as sardinhas, o bacalhau, o vinho, as uvas, os doces e o lindo céu azul de Lisboa convivam com um outro Portugal mais sofisticado e pouco conhecido por aqui.“ diz o diretor de cena Fernando Cardoso.
Entre os destaques do repertório: Foi Deus, Nem às paredes confesso, Maldição, Perseguição, Olhos castanhos, Só nós dois é que sabemos, Estranha forma de vida, Fado do ciúme, Não venhas tarde, Toca o telefone e Fado da sugestão.
Deixa eu entrar no sambaí, um samba enredo composto pela cantora, em parceria com o compositor Alemão do Cavaco da Mangueira, merece destaque especial.
Trajetória da artista:
Em quase 35 anos de carreira fez ínúmeros shows, lançou 25 CDs e fez parcerias com Caetano Veloso, Gonzaguinha, Chico Buarque, Tom Jobim, Adriana Calcanhoto, Gal Costa, Maria Bethânia, Simone, Ney Matogrosso, Milton Nascimento e diversos outros grandes nomes da MPB.
Filha de escritores, Eugénia Melo e Castro teve experiências como actriz de teatro, entre 1977 e 1978 com o grupo Ânima (que fundou e onde desenvolveu trabalhos de poesia experimental encenada) e n' A Barraca.
Já no cinema participou em filmes de Joaquim Leitão e Djalma Limonge Batista. Foi na televisão, autora e produtora musical, compositora e apresentadora. Em 2008 o seu programa de televisão ATLâNTICO foi considerado um dos 50 melhores programas de sempre de televisão em Portugal, tendo ficado em 23º lugar.
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