Depois de 25 anos o rancheiro Silva cavalga pelo deserto para visitar o velho amigo Jake. No entanto, no dia seguinte, a revelação da conexão dos dois homens com um crime local sugere que há mais no encontro deles.
Li algum critico dizendo que o único defeito do filme é ser um curta...Bom, o filme de Almodóvar é uma aula de cinema, como sempre. Tudo é precioso! Direção, elenco, cenários, objetos de cena, fotografia. Nada está no filme por acaso. Tudo tem um sentido, um motivo.
A trilha é um presente para qyem vai ao cinema, especialmente Estranha forna de vida, música na voz de Caetano, que é muito amigo do diretor espanhol (mas claro que a admiração profissional é o que conta nesse caso).
Os atores são excelentes e têm no olhar o maior trunfo das interpretações.
Eles são brutos, foram atiradores profissionais. Um agora é xerife e o outro cria cavalos. O primeiro não aceita que é homossexual. O segundo gostaria de viver um grande amor. Agora, ser gay no universo do faroeste, extremamente machista, misógino, violento, bruto, realmente não é algo palatável para quem vivo nesse mundo bruto.
Almodóvar admira o universo do faroeste e fez um filme que merece muitos aplausos.
Para que o público não fosse ao cinema para ver apenas 30 min de filme, mais ou menos, é exibida uma entrevista com o cineasta, a qual é interessante. Agora, quem vai ao cinema para conferir o filme paga o preço de uma sessão de um longa...Enfim, vai quem quer.
Não me arrependi porque o curta é excelente e ouvir Almodóvar é sempre muito bom!
O que poderia ter sido feito, no lugar da entrevista, é terem exibido o outro curta de Almodóvar, rodado na pandemia, A
voz humana. Também excelente, esse curta-metragem, de 30 minutos, estreou no Festival de Veneza e chegou ao Brasil pelas plataformas Now, Amazon Prime, Vivo Play, Google Play e Youtube. |