O projeto Cinema Falado tem como destaque o experimento cênico do filme mudo Fragmentos da Vida (que conta a história de dois vagabundos que vivem de pequenos golpes nas ruas da São Paulo dos anos 20), com direção de Dagoberto Feliz, e workshops relacionados à música (Suzana Reck Miranda) e à trilha sonora (DJ Dolores).
Suzana Reck Miranda (mestre e doutora em Cinema) abre a programação com o minicurso O Uso da Música no Cinema: uma introdução, nos dias 8 e 9 de março (quarta e quinta, das 19h30 às 22h). Um workshop também acontecerá: DJ Dolores trabalhará com o tema Escutando Filmes, nos dias 23 e 24 de março (quinta e sexta, das 19h às 22h).
Sobre a encenação de Cinema Falado - Fragmentos da Vida:
Participação dos atores Eucir de Souza, Gabriel Godoy, Rimar Segala (ator e clown, surdo) e Marcellus Beghelle;
Nessa apresentação, o diretor realiza um jogo cênico lúdico em que os atores dizem o texto que é exibido nos letreiros e um deles ( surdo) interpreta as mesmas cenas em LIBRAS.
Participação também dos cantores Beto Sargentelli e Juliana Peppi; do diretor musical e pianista Martin Eikemeier; e do sonoplasta Renato Navarro. As sessões têm tradução simultânea para a Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRAS, pela atriz surda Sueli Ramalho.
Segundo Dagoberto Feliz, a escolha do filme Fragmentos da Vida se deu não somente por razões históricas. “Existia um tema, o som; também uma sequência de temas do projeto, interpretação e roteiro; e uma provocação: fazer o som ao vivo. Porém, ‘escutando’, esse verbo pode ser utilizado de várias maneiras; e ‘re/escutando’ os tempos bicudos nos quais vivemos surgem outros temas que o filme também ‘escuta’, lá em 1929. Entre eles, dois nos interessaram: a desigualdade (explícita) e a inadequação (do indivíduo inapto). O homem totalmente inserido é o que se deseja; o homem amansado, aquele que cumpre rigorosamente com suas obrigações. Essa busca era, e continua sendo, cruel até hoje. E cruel é o tratamento dado ao que é diferente de nós”. A partir desta reflexão, o diretor encontrou na “arte da inclusão” o caminho para o experimento cênico: usar atores surdos e atores que ouvem em um mesmo jogo de cena, palavras, música e sinais¨, diz.
Sobre o filme Fragmentos da Vida Dir. José Medina. 1929. Brasil. 40”.
Fragmentos da Vida (1929), de José Medina (1894-1980), é uma livre adaptação do conto do norte-americano O. Henry (1862-1910) sobre a história de dois vagabundos – interpretados por Carlos Ferreira e Alfredo Roussy - que vivem de pequenos golpes na cidade de São Paulo.
Serviço:
Minicurso: O Uso da Música no Cinema: uma introdução
Com Suzana Reck Miranda
O curso abordará de forma introdutória o uso da trilha musical desde o primeiro cinema, passando pelas convenções e arquétipos da narrativa clássica hollywoodiana bem como por diferentes propostas estéticas do cinema moderno e contemporâneo.
Dias 8 e 9 de março. Quarta e quinta, das 19h30 às 22h
Local: Sala 1 das Oficinas de Criatividade
Inscrições: a partir de 02/03, às 19h, na Central de Atendimento
Preços: R$ 7,50 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 25,00 (inteira).
Nº de vagas: 20.
Experimento cênico: Cinema Falado - Fragmentos da Vida
O filme Fragmentos da Vida (1929), de José Medina, narra a história de dois vagabundos que vivem de pequenos golpes nas ruas da São Paulo dos anos 1920. Neste experimento cênico, atores falam o texto original dos letreiros do filme, realizado originalmente sem uso da palavra falada, e um deles - surdo - interpreta em LIBRAS. Cantores e piano ao vivo resgatam a sonorização característica das projeções do começo do século 20. As sessões possuem tradução simultânea para a linguagem brasileira de sinais - LIBRAS.
Ficha técnica: Direção do experimento cênico: Dagoberto Feliz. Direção do filme: José Medina. Elenco: Beto Sargentelli, Eucir de Souza, Gabriel Godoy, Juliana Peppi, Marcellus Beghelle, Rimar Segala e Sueli Ramalho. Direção de som e música: Martin Eikemeier. Sonoplastia: Renato Navarro. Luz: Tulio Pezzoni. Direção de arte e figurino: Juliana Lobo. Produção: Lara Lima | Lira Cinematográfica.
De 17 a 19 de março. Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h.
Local: Teatro (300 lugares)
Ingressos: R$ 9,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 15,00 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 30,00 (inteira).
Venda online a partir de 7 de março, terça-feira, às 17h30.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 8 de março, quarta-feira, às 17h30.
Não recomendado para menores de 14 anos. Duração: 60 min.
Workshop: Escutando Filmes
Com DJ Dolores
DJ Dolores, experiente compositor de música para cinema, conversa com o público sobre filmes e trilhas sonoras. O encontro é dividido em duas partes. Num primeiro momento, o autor discute o conceito de música cinematográfica, apresenta trechos de filmes que o influenciaram, destaca soluções criativas na combinação entre imagem e som e analisa aspectos técnicos e artísticos das obras exibidas. A segunda etapa, focada no trabalho do próprio artista, aborda sua a metodologia de criação, analisando especificamente algumas de suas obras, a relação compositor/diretor/roteirista e o papel da música na narrativa cinematográfica.
Dias 23 e 24 de março, quinta e sexta, das 19h às 22h.
Local: Sala 1 das Oficinas de Criatividade
Inscrições: a partir de 02/03, às 19h, na Central de Atendimento
Preços: R$ 7,50 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 25,00 (inteira).
Nº de vagas: 20.
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93. São Paulo/SP. Tel: (11) 3871-7700
Ar condicionado. Acessibilidade. Não possui estacionamento.
Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia.
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