Dias felizes, de Beckett, é encenado com viés feminista pelo grupo Grupo Garagem 21
O elenco é composto por Lavínia Pannunzio e Helio Cicero
A partir de montagem influenciada pela linguagem de HQs e desenhos animados, Cesar Ribeiro dirige Lavínia Pannunzio e Helio Cicero, dois grandes atores
A peça é considerada uma das obras-primas do escritor irlandês ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1969.
Na trama, a história de Winnie, uma mulher de 50 anos que dialoga de modo otimista sobre um passado glorioso e a esperança de dias melhores. Um universo inóspito para falar da passagem do tempo e das relações humanas e a desumanização.
“Estado e coletividade, duas forças que buscam agir de modo complementar para corrigir as distorções sociais, não são entidades apenas falhas em Dias Felizes, e sim ausentes: em um território devastado, em que o sol nunca se põe, nenhum ser humano é visto há tempos e apenas há vida nas formigas que atacam Winnie e na montanha que engole sua carne, resta a ela e seu marido, Willie, a companhia um do outro”, explica Cesar Ribeiro sobre a montagem.
“Utilizando metateatro, é o estridente despertador que a acorda para o jogo cênico, como se fosse o terceiro sinal antes de iniciar um espetáculo; já o sol é representado pelos refletores, que iluminam a ação. E é nessa ação de ser vista e ouvida que compartilha a consciência de sua tragicomédia, buscando a palavra como modo de construção da única poesia possível, por conta dos impedimentos do corpo, e seu parceiro como um antagonista falho”, pontua o diretor.
O interessante é que o grupo Garagem 21 tem um currículo em que a investigação dos sistemas de violência está presente. Nesse trabalho, o foco está na construção do feminino e na violência do patriarcado.
“A voz que se ouve na peça é de Winnie, que o tempo inteiro retorna à expectativa de felicidade enquanto narra possibilidades de afeto perdidas no passado e a aridez do estado presente. Ao mesmo tempo, como um quebra-cabeça, o texto vai remontando uma relação afetiva que começa com a ‘conquista’ seguida por imediato silêncio entre o casal, resultado de um marido presente fisicamente, mas sem nenhum grau de escuta e que apenas grunhe palavras incompreensíveis e, às vezes, algumas frase soltas ou pequenas respostas”, afirma Ribeiro.
SINOPSE
Com Lavínia Pannunzio e Helio Cicero, a peça dirigida por Cesar Ribeiro é influenciada pela linguagem de HQs e desenhos animados e mostra a história de Winnie, mulher enterrada em um vulcão até a cintura que dialoga de modo otimista sobre um passado glorioso e a esperança de dias melhores enquanto tem ao fundo seu marido, absorto na leitura de velhos jornais.
FICHA TÉCNICA
Projeto contemplado no Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022
Texto: Samuel Beckett
Direção e trilha sonora: Cesar Ribeiro
Atuação: Lavínia Pannunzio e Helio Cicero
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Cenografia: J. C. Serroni
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Figurinos: Telumi Hellen
Visagismo: Louise Helène
Produção executiva: Vanessa Campanari
Fotos: Bob Sousa
Registro em vídeo: Nelson Kao
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Marcia Marques
Realização: Grupo Garagem 21, Mecenato Moderno Produção Cultural, Brancalyone Produções e Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022
SERVIÇO
De 6 a 30 de julho de 2023
Quintas a sábados às 21h e domingos às 19h
Local: Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295. Lapa – São Paulo)
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Duração: 120 min. (incluindo um intervalo de 15 minutos)
Classificação: 12 anos | Gênero: Tragicomédia
Vendas: Sympla.com.br (https://www.sympla.com.br/produtor/diasfelizes) e bilheteria do teatro
O elenco é composto por Lavínia Pannunzio e Helio Cicero
A partir de montagem influenciada pela linguagem de HQs e desenhos animados, Cesar Ribeiro dirige Lavínia Pannunzio e Helio Cicero, dois grandes atores
A peça é considerada uma das obras-primas do escritor irlandês ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1969.
Na trama, a história de Winnie, uma mulher de 50 anos que dialoga de modo otimista sobre um passado glorioso e a esperança de dias melhores. Um universo inóspito para falar da passagem do tempo e das relações humanas e a desumanização.
“Estado e coletividade, duas forças que buscam agir de modo complementar para corrigir as distorções sociais, não são entidades apenas falhas em Dias Felizes, e sim ausentes: em um território devastado, em que o sol nunca se põe, nenhum ser humano é visto há tempos e apenas há vida nas formigas que atacam Winnie e na montanha que engole sua carne, resta a ela e seu marido, Willie, a companhia um do outro”, explica Cesar Ribeiro sobre a montagem.
“Utilizando metateatro, é o estridente despertador que a acorda para o jogo cênico, como se fosse o terceiro sinal antes de iniciar um espetáculo; já o sol é representado pelos refletores, que iluminam a ação. E é nessa ação de ser vista e ouvida que compartilha a consciência de sua tragicomédia, buscando a palavra como modo de construção da única poesia possível, por conta dos impedimentos do corpo, e seu parceiro como um antagonista falho”, pontua o diretor.
O interessante é que o grupo Garagem 21 tem um currículo em que a investigação dos sistemas de violência está presente. Nesse trabalho, o foco está na construção do feminino e na violência do patriarcado.
“A voz que se ouve na peça é de Winnie, que o tempo inteiro retorna à expectativa de felicidade enquanto narra possibilidades de afeto perdidas no passado e a aridez do estado presente. Ao mesmo tempo, como um quebra-cabeça, o texto vai remontando uma relação afetiva que começa com a ‘conquista’ seguida por imediato silêncio entre o casal, resultado de um marido presente fisicamente, mas sem nenhum grau de escuta e que apenas grunhe palavras incompreensíveis e, às vezes, algumas frase soltas ou pequenas respostas”, afirma Ribeiro.
SINOPSE
Com Lavínia Pannunzio e Helio Cicero, a peça dirigida por Cesar Ribeiro é influenciada pela linguagem de HQs e desenhos animados e mostra a história de Winnie, mulher enterrada em um vulcão até a cintura que dialoga de modo otimista sobre um passado glorioso e a esperança de dias melhores enquanto tem ao fundo seu marido, absorto na leitura de velhos jornais.
FICHA TÉCNICA
Projeto contemplado no Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022
Texto: Samuel Beckett
Direção e trilha sonora: Cesar Ribeiro
Atuação: Lavínia Pannunzio e Helio Cicero
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Cenografia: J. C. Serroni
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Figurinos: Telumi Hellen
Visagismo: Louise Helène
Produção executiva: Vanessa Campanari
Fotos: Bob Sousa
Registro em vídeo: Nelson Kao
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Marcia Marques
Realização: Grupo Garagem 21, Mecenato Moderno Produção Cultural, Brancalyone Produções e Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022
SERVIÇO
De 6 a 30 de julho de 2023
Quintas a sábados às 21h e domingos às 19h
Local: Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295. Lapa – São Paulo)
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Duração: 120 min. (incluindo um intervalo de 15 minutos)
Classificação: 12 anos | Gênero: Tragicomédia
Vendas: Sympla.com.br (https://www.sympla.com.br/produtor/diasfelizes) e bilheteria do teatro
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