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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Festival de Curitiba - Rei Lear, baseado na obra de William Shakespeare, dá voz à arte drag | ||||||||
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Rei Lear, baseado na obra de William Shakespeare, dá voz à drags, evidenciando a arte popular e colocando no palco uma visão contemporânea de um clássico . É preciso respeitar e dar espaço à diversidade. A peça faz isso com artistas talentosos e chegou ao Festival de Curitiba como um dos destaques. Alexia Twister ganhou o Prêmio Shell e isso prova que o que vale na arte é o talento e na vida, o caráter. Não pode existor amarras. Todos merecem espaço. O respeito é a garantia de um mundo melhor. Existe a interpretação da obra, mas a todo momento são inseridas gags e gírias típicas das drag. É bonito ver a plateia se identificando com a proposta. Os Figurinos coloridos e o visagismo são merecedores de muitos aplausos. A "maquiagem drag" é sempre um luxo de tons e criatividade. Para que o drama não fique pesado demais e o universo das drags tenha voz, as cenas musicais são momentos especiais. A diretora dá dinamismo às cenas e o elenco traz uma expressão corporal muito boa. E, claro , como boas drags têm presença no palco e dominam a interpretação porque são atores. Como foi uma sessão disputada, não assisti ao espetáculo nas primeiras fileiras e por isso não farei observações mais aprofundadas. Direção: Ines Bushatsky Texto adaptado e assistência de direção: João Mostazo Elenco: Alexia Twister, Antonia Pethit, DaCota Monteiro, Ginger Moon, Lilith Prexeva, Maldita Hammer, Mercedez Vulcão, Thelores, Xaniqua Laquisha Cenário: Fernando Passetti Luz: Aline Santini Figurino: Salomé Abdala Visagismo: Malonna e Polly Assistente de perucaria: Yuri Tedesco Trilha sonora e operação de som: Gabriel Edé Preparação vocal: Felipe Venâncio Operação de luz: Vinicius Hideki Contrarregragem: Felipe Venâncio, Matias Ivan Arce Costureiras: Caio Katchborian, Nana Simões, Salomé Abdala Sapatos: Porto Free Calçados Bordados: Alesha Bruke, Salomé Abdala Fotos: Mariana Chama, Suka, Tetembua Dandara Arte gráfica: Lidia Ganhito Redes sociais: Mariana Marinho Assistente de Produção: Gabriela Ramos Direção de Produção: Tetembua Dandara Uma curiosidade: não existem provas, mas estudiosos dizem que o termo “drag” teria sido usado pelo Shakespeare no rodapé de um manuscrito, indicando que o ator deveria se vestir com roupas de mulher (em inglês, drag = uma sigla para “dressed resembling a girl”). Como sabemos, na época, só homens podiam interpretar e viviam papéis masculinos e femininos. |
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