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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Festival de Curitiba - Alaska é o afago de corações despedaçados através do encontro | ||||||||
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No frio do Alaska, frio do coração, neve e almas dilaceradas. Uma relação inesperada, indesejada e que mostra a força do encontro. Um ermitão que reside numa cabana . Uma noiva que está quase congelando por causa de uma nevasca. O carro dela quebra e ela pede encarecidamente abrigo. Existe estranhamento de inicio, mas a alma sombria dos personagens vai se despindo diante do público e aos poucos o que era trevas pode ganhar cor. Com amizade e união a vida ganha sentido. Pandolfo dirige com presteza. Queremos conhecer os personagens e acompanhar o jogo cênico que estabelecem. Pandolfo, que também está em cena, é um ator que fala através do olhar. O olhar de quem teve uma grande tristeza na vida. É nítido que ele é infeliz. O espaço é meio indefinido , como se fosse um limbo, com a neve que aparece quando a porta da moradia é aberta. Será que estão vivos-mortos ou estão em outra dimensão? Bem, na verdade eles estão num vazio existencial profundo, paralisados. Ora, se Rosannah diz que dirigiu do Brasil até o Alaska e sente que estava flutuando, alguma anormalidade existe, mesmo que seja só na sua imaginação, na sua mente tortuosa! Dois bailarinos dão corpo aos sentimentos dos personagens e ajudam a intensificar essa dúvida. Eles fazem a função de contra-regras e ajudam a dar às cenas o espírito obscuro e a áurea situação incerta e estranha dos personagens. Escrita pela dramaturga estadunidense Cindy Lou Johnson, o drama Alaska ganha montagem inédita no Brasil sob direção de Rodrigo Pandolfo, que também está em cena ao lado de Louise D’Tuani. Amanhã tem mais uma sessão no Guairinha. Fotos do bate-papo pós sessão. |
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