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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Festival de Curitiba - Ao Vivo (dentro da cabeça de alguém) é arrebatador, puro êxtase, arte que nos salva e nos provoca a pensar no nosso papel no planeta e no passado e presente da humanidade | ||||||||
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Festival de Curitiba Ao vivo (dentro da cabeça de alguém) Muitos aplausos! O espetáculo foi SENSACIONAL! Cia Brasileira (25 anos!) fala de teatro, sonhos, frustrações, esperança. O passado de uma atriz, suas lembranças de carreira, se misturam a momentos importantes da nossa história (onde o amor pelo proximo operou) e a falas por um mundo mais harmonioso, com cuidados para com o meio ambiente, sem homofobia, sem racismo, sem transfobia. Um mundo onde todos os tipos de corpos sejam respeitados e a diversidade seja vista como um trunfo da humanidade. Se não cuidarmos do meio ambiente e buscarmos a empatia e o respeito, a vida na Terra não durará muito tempo. Difícil escrever sobre um espetáculo pós pandemia que nos faz refletir sobre a urgência de cuidarmos de nós e do próximo. Que nós faz acreditar que a arte nos salva do caos. Ao Vivo dentro da cabeça de alguém é arrebatador, puro êxtase, arte que nos salva e nos provoca a pensar no nosso papel no planeta e no passado e presente da humanidade. E, claro, a arte sempre nos salvando do caos. Baseado numa história real vivida por Renata Sorrah, quando estava no elenco de A Gaivota, de Tchekhov , a peça fala de sonhos, memória, alegrias e desilusões. Fala da vida e da arte. Coloca em cena corpos diversos e talentosos. Óbvio que o pensamento é muitas vezes recheado de loucuras e conteúdos desfocados, sem um sentido certo, mas nesse trabalho existe uma linha de raciocínio que é colocada na cena bem ao estilo contemporâneo, instigante e dinâmico de Márcio Abreu. Um espetáculo que traz mais perguntas do que respostas. O que é a arte? O que é a vida? Como a obra de Tchecov ainda nos encanta? Qual o papel do ser humano e do artista para manter a vida na Terra? Renata no palco é ela mesma, mas também é a alma de tantas outras atrizes. É a alma do elenco e todos que dedicam a sua vida ao teatro, que nos ultimos anos sofreu um desmonte absurdo e agora recupera o seu merecido respeito com um governo que nao menospreza a nossa cultura como o anterior. . A atriz questiona qual o papel no mundo de quem faz arte, como o passado e presente se conectam para que seja possível trilhar um futuro. Ela revê a sua vida, os momentos marcantes, e muito mais. Todos do elenco têm papel fundamental nesse excelente espetáculo que se passa dentro da cabeça de uma artista, cidadã que merece todo o respeito. O espetáculo é sensorial, emocional, reflexivo. Todos precisam ver. Pena que são somente duas sessões, mas vamos torcer para que ocorra temporada para além do Festival. E como ocorre sempre nos trabalhos de Abreu, nos sentimos como parte de tudo o que é colocado no palco porque são questões pertinentes, atuais e universais. Luz e trilha dão suporte às cenas e ajudam os atores a desenvolver uma apresentação que nos envolve totalmente. |
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