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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Sagração com a Cia Débora Colker é a dança frenética no Festival de Curitiba | ||||||||
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Sagração com a Cia Débora Colker é a dança frenética no Festival de CuritibaDébora Colker sempre apresenta coreografias alucinantes porque os movimentos dos bailarinos são intensos e precisos (ao som de Igor Stravinsky e da natureza). Sagração é a conclusão de sua trilogia formada por “Cão Sem Plumas”, e “CURA”, que esteve no Festival de Curitiba em 2022, que O De Olho na Cena teve o privilégio de conferir. A luz de Beto Bruel, a cenografia de Gringo Cardia, com os bambús, e o figurino Kopke valorizam a agilidade e brasilidade de uma encenação que tem como inspiração a obra A Sagração da Primavera, obra célebre de Stravinsky). Arte, ciência evolucionista, mitos da criação e as tradições se encontram nesse trabalho. Na trama, dançada com maestria, num ritual pagão de camponeses, um jovem é sacrificado e vemos as tradições e a luta pela sobrevivência na floresta. No palco, a navegação na Água, nos rios onde a navegação é o único meio de transporte, o fogo que acompanha os rituais sagrados, e também o fogo da destruição, as lutas ancestrais, a mata destruída pela ganância e a busca por um pedaço de chão; vida, morte, céu e Terra; a magia dos povos originários que conhecem a natureza como ninguém. Um universo complexo e que fala da criação e das teorias que a envolve. Para quem não sabe, a coreografia original foi dançada por Nijinski e a obra é inspirada na cultura eslava e nas danças pagãs de adoração à terra e à natureza. Num primeiro momento vemos as danças primitivas, logo em seguida, os bailarinos carregam bambus que ganham a função de barcos, de lanças e ganham diversas formas, se transforma em ocas e em árvores. É nesse momento que o espetáculo ganha dinamismo. Impressionante como os bailarinos dançam com os bambús e desenham os diversos cenários. Diversos espaços que nos remetem à biodiversidade da floresta, um lugar sagrado. Parece leve e simples, mas sabemos que por trás desse espetßculo tão marcante, existe uma dedicação enorme. Haja talento! Haja fôlego e preparo físico! Além dos bambus, o trabalho de um dos bailarinos numa rede que fica numa altura significativa, fecha com chave de ouro uma performance exemplar. (@ciadeborahcolker) Desde 1994. FICHA TÉCNICA Criação e Direção: Deborah Colker; Direção Executiva: João Elias; Direção Musical: Alexandre Elias; Cenografia: Gringo Cardia; Dramaturgia: Nilton Bonder; Figurinos: Claudia Kopke; Desenho de Luz: Beto Bruel. |
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