Cabaré Coragem do Grupo Galpão é um viva à arte
É uma festa. Muita animação. Homenagem ao teatro, ao circo, à música. A alma do artista brasileiro pulsa em cena. Cenário, figurino e trilha são inspirados no universo do cabaret e os atores, como sempre, encantam o público. Atores fenomenais, magníficos, potentes, emanando vitalidade, não existe outro qualificativo!
De Belo Horizonte, o Grupo Galpão ganhou o mundo. Com Romeu e Julieta, de Shakespeare, direção mágica de Gabriel Villela, deixou os ingleses abismados com tanta genialidade, no Globe.
A cultura mineira e popular pulsa nesses artistas que mambembam por todos os cantos com teatro tradicional e de rua.
Os atores/personagens
dançam, cantam e fazem números de variedades, mas enquanto isso, mazelas são expostas e podem tumultuar o brilho do palco.
Tudo ficção, óbvio!
Brecht é inspiração para a criação de uma trupe decadente.
Como amar a arte se sobreviver é difícil?
Num clima decadente e brega, com artistas tentando agradar, mas já com o peso de uma vida sem glamour, é óbvio que manter a festividade que um cabaret exige fica quase impossível...mas o show precisa continuar porque a fome atordoa ... mas a submissão tem um fim. É preciso acabar com a exploração. E a trupe do Cabaret consegue "virar a mesa".
Ficção, mas sabemos que viver de arte no Brasil é algo que necessita de muita garra. Felizmente o Grupo Galpão tem talendo de sobra e sabe administrar a sua carreira. 42 anos abrilhantando o nosso teatro com foco numa linguagem popular e na busca de desafios.
Para inovar sempre, parcerias com diferentes diretores e encenações que contemplam gêneros teatrais/estilos teatrais diversos. Diretores com diversas linguagens cênicas para o aprimoramento artístico, eis a meta do Grupo Galpão. Uma trupe que é nosso Patrimônio cultural. Orgulho do nosso teatro.
Além de todo o talento para interpretar, o Galpão sempre coloca em cena músicas interpretadas e tocadas ao vivo. Isso é uma preciosidade que fez com que Romeu e Julieta, de 1992, tivesse a trilha sonora transfornada em CD. E desde então, música ao vivo é marca registrada do Grupo.
Teatro lotado, show de variedades e balada. Impossível não sair do teatro em êxtase.
O ESPETÁCULO CONTA COM AUDIODESCRIÇÃO.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Antonio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia Del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bara; Direção: Júlio Maciel; Direção Musical, Arranjos e Trilha sonora: Luiz Rocha; Diretor Assistente: David Maurity; Cenografia e Figurino: Márcio Medina; Dramaturgia: Coletiva; Supervisão de dramaturgia: Vinícius de Souza; Direção de cena e coreografia: Rafael Bacelar; Iluminação: Rodrigo Marçal; Adereços e Pintura de Arte: Marney Heitmann; Preparação Corporal e do Gesto: Fernanda Vianna; Preparação Vocal: Babaya; Assistência de Figurino: Paulo André e Gilma Oliveira; Assistência de Cenografia: Vinícius de Andrade; Assessoria de Iluminação: Marina Arthuzzi; Direção de Experimentos Cênicos: Ernani Maletta, Luiz Rocha e Cida Moreira; Colaboração Artística: Paulo André e João Santos; Maquiagem e Perucaria: Gabriela Dominguez; Assistente de Maquiagem e Perucaria: Ana Rosa Oliveira; Construção Cenário: Artes Cênica Produções; Confecção de Figurinos: Taires Scatolin; Técnico de Palco: William Bililiu; Instalação de Luminárias Cênicas: Wellington Santos; Assessoria de Imprensa: Polliane Eliziário (Personal Press); Comunicação On-line: Rizoma Comunicação & Arte; Fotos: Mateus Lustosa; Registro e Cobertura Audiovisual: Alicate; Projeto Gráfico: Filipe Lampejo e Rita Davis; Operação de Luz: Rodrigo Marçal; Sonorização e Operação de Som: Fábio Santos; Assistente Técnico: William Teles; Assistente de Produção: Márcia Bueno e Idylla Silmarovi; Produção Executiva: Beatriz Radicchi; Direção de Produção: Gilma Oliveira; Produção: Grupo Galpão; Músicas Alabama Song, Moritat, Singapura e Tango dos Açougueiros Felizes a partir dos arranjos musicais de Ernani Maletta; Fragmento do Texto: "Discurso sobre Nada” de Marcio Abreu. |