Os Três Sobreviventes de Hiroshima fala dos horrores oriundos da guerra
Sábado, 8, 18h, Teatro Regina Vogue, no Shopping Estação - Festival de Curitiba
Fringe Curitiba
www.festivaldecuritiba.com.br
É um espetáculo do gênero teatro documental para clamar pela paz.
Emociona, nos faz chorar e agradecer. Nos faz respeitar mais ainda os japoneses e todos os povos. Preconceito é doença que precisa ser erradicada. É preciso lutar contra a ganância cujo o maior efeito desse desejo desenfreado pelo dinheiro, e pelo poder, é a guerra.
Na verdade, pouco importa o gênero teatral, se é teatro documental, depoimento com cenas de teatro, contação de história com momentos de encenação, o que importa é entrar em contato com pessoas que vivenciaram um momento horripilante da história mundial e mesmo com tantas lembranças dolorosas, cedem o seu tempo para levar às pessoas uma história que muitas vezes não é contada como deveria, é simplesmente citada nas aulas ou nos livros de História.
O diretor Rogério Nagai está no palco e guia os testenunhos, dirige cenas que mostram, por exemplo, o nascimento de um dos sobreviventes, para depois conhecermos a sua trajetória de vida, ouvirmos o relato do trágico dia da bomba e a vinda para o Brasil. .
Uma das piores tragédias da humanidade, a explosão nuclear na cidade de Hiroshima, no Japão, em 1945, na segunda guerra mundial, precisa ser sempre lembrada.
O militar Takashi Morita, na época com 21 anos; Kunihiko Bonkohara, com 5 anos, e Junko Watanabe, com 2 anos, convivem com as lembranças que são narradas com a ajuda de imagens e o canto de músicas da época executadas ao vivo.
Sobre o Projeto
Com roteiro e direção de Rogério Nagai, o espetáculo deu origem ao projeto “Sobreviventes Pela Paz”. A ideia surgiu em 2012 com pesquisas, lancamento de livros e exibição de filmes sobre a comunidade nipo-brasileira e a imigração japonesa no Brasil.
Como o diretor salienta, o espetáculo vai para além do tearo, " é uma missão". O essencial nesse projeto é propagar e manter a paz.
O palco é neutro. Apenas tsurus espalhados.
A história dos mil tsurus: uma lenda diz que ao fazer mil dobraduras de papel, em formato de grou (tsuru), o desejo de uma pessoa seria realizado. Sadako Sasaki, uma menina de 12 anos que viu a bomba atômica explodir aos 2 anos de idade, teve leucemia após anos de um cotidiano normal (o cancêr é grande consequência da radiação) e, obviamente, queria muito continuar viva. Ao conhecer essa lenda começou a criar as dobraduras para conseguir o feito da cura. Infelizmente ela faleceu antes de terminar a tarefa, mas a sua história ganhou o mundo.
Sobre Hiroshima
Em 6 de agosto de 1945, no estágio final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba na cidade de Hiroshima. Três dias depois, atingiram também Nagasaki. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia. Os números oficiais informam entre 130 e 240 mil mortos como resultado destes que foram os primeiros e únicos ataques nucleares contra civis em toda a história.
No Brasil, há cerca de 60 sobreviventes das bombas, todos associados à Associação Hibakusha Brasil Pela Paz, anteriormente chamada de Associação das Vítimas da Bomba Atômica no Brasil. Após ajuda médica e reconhecimento dado a essas pessoas, a associação passou a se dedicar também à propagação de mensagens de paz e pelo fim de armas e usinas nucleares.
"Os Três Sobreviventes de Hiroshima" é uma das ações apoiadas pela Associação. O espetáculo é realizado pela NAGAI Produções Artísticas e Culturais. |