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Entrevistas e dicas de espetáculos

Espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos no @festivaldecuritiba
Publicado em 04/04/2023, 22:00
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Espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos no @festivaldecuritiba dias 3 e 4 de abril no Teatro da Reitoria.
Musical potente que celebra a força das mulheres diante das adversidades.
Um espetáculo que traz um olhar poético e dolorido sobre como é ser pobre, preto e periférico num país onde o racismo ainda emana.
O grito de socorro de uma família que tem o seu maior tesouro, ainda muito jovem, preso injustamente.
A mãe do jovem estudante Gabriel queria uma vida digna para o seu filho e ele era dedicado para garantir o seu futuro, procurava ser uma pessoa honesta.
Preto e periférico, ele foi preso por um policial preto periférico. Se ele fosse branco dificilmente teria sido preso e mais, preso com tanta violência. Ele não é culpado, mas como provar isso diante de um branco religioso que jura que o menino o assaltou?
A sua mãe e a sua tia são dignas trabalhadoras, mas pobres e sem condições de pagar fiança, muito menos um advogado particular.
Uma sina da família: homens presos por gerações.
Viver em comunidade, cuidar da família é tarefa muitas vezes árdua, ainda mais quando as mulheres estão só.
Cárcere fala de mulheres lutadoras, marcadas pelo encarceramento dos homens da família.
Além de toda a agonia por causa do ente querido, tem o preconceito. Não importa se essas mulheres são dignas e carregam um estigma de dor, elas são tratadas como se tivessem também cometido um crime.
São várias as histórias. Momentos do cotidiano de quem sofre misoginia, sofre com o racismo e ser pobre também é um fardo.
Há luz no fim do túnel, mas raramente alguém consegue sair da prisão e reconstruir a vida sem carregar as marcas de um lugar onde o crime oferece o sonho de uma vida melhor.
O garoto desenhista sonhador precisa lidar com um sistema carcerário violento.
Voz, corpo, texto e música delimitam um emaranhado de situações em que o cárcere dificulta a sobrevivência não só de quem está preso, mas de toda a família. Poucos elementos de cena estão presentes, como mesas, cadeiras e gaiolas, porque o foco está no talento dos atores, no texto, nas músicas e nas danças que expressam sabores e dissabores da vida, evocando os nossos ancestrais, a religiosidade, os orixás. Vestimentas vermelhas e brancas remetem à paz, à força ao amor e ã ancestralidade negra, visto que boa parte de quem está nas prisões é preto. Os encarcerados usam roupas neutras, presos que ocupam cadeias cheias, celas sem higiene. Um mundo sem cor.
A dança, a música e a força dos orixás regem momentos poéticos e outros dramáticos.
O cenário é uma grande parede que ganha diferentes significados de acordo com o desenho de luz e a abertura de pequenos espaços que se transformam na casa da comunidade e na prisão.
A arte pulsa para falar da força para enfrentar as adversidades e para sinalizar o quanto inferiorizar as pessoas pela cor e raça é mesquinho. O limite entre vida e morte no ambiente carcerário é tênue.

Encenação: Miguel Rocha. Assistência de Direção: Davi Guimarães. Texto: Dione Carlos. Elenco: Antônio Valdevino, Dalma Régia, Danyel Freitas, Davi Guimarães, Isabelle Rocha, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto e Walmir Bess. Direção Musical: Renato Navarro. Assistência de Direção Musical: César Martini. Musicistas: Alisson Amador (percussão), Amanda Abá (violoncelo), Denise Oliveira (violino) e Jennifer Cardoso (viola). Cenografia: Eliseu Weide. Iluminação: Miguel Rocha e Toninho Rodrigues. Figurino: Samara Costa. Assistência de Figurino: Clara Njambela. Costureira: Yaisa Bispo. Operação de Som: Lucas Bressanin. Operação de Luz: Nicholas Matheus. Cenotecnia: Wanderley Silva. Provocação vocal, arranjos e composição da música do ‘manifesto das mulheres’: Bel Borges. Provocação vocal, orientação em atuação-musicalidade e arranjos - percussão ‘chamado de Iansã’: Luciano Mendes de Jesus. Estudo da prática corporal e direção de movimento: Érika Moura. Provocação Cênica: Bernadeth Alves, Carminda Mendes André, Maria Fernanda Vomero. Comentadores: Bruno Paes Manso e Salloma Salomão. Mesas de Debates: Juliana Borges, Preta Ferreira, Roberto da Silva e Salloma Salomão, com mediação de Maria Fernanda Vomero. Orientação de Dança Afro: Janete Santiago. Direção de Produção: Dalma Régia. Produção Executiva: Davi Guimarães e Miguel Rocha. Fotos: Rick Barneschi, Tiggaz e Weslei Barba. Idealização e Produção: Companhia de Teatro Heliópolis.
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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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