Rocky Horror Show, com texto e músicas de Richard O’Brien, faz homenagens aos filmes B (de baixo orçamento e geralmente de qualidade suspeitosa) e às histórias de terror.
Como não sou fã, e obviamente, não conheço bem esse estilo, não posso julgar com profundidade a montagem.
O que considero importante ressaltar, no entanto, é a qualidade do elenco, que está coeso, com interpretações excelentes, expressões corporais que contribuem para que as coreografias e ações dos personagens ganhem força. E como cantam! Talentos múltiplos!
O musical Rocky Horror Show é a adaptação do conhecido musical inglês de 1975, que completa 40 anos. A versão de Moeller & Botelho é bem cuidada e tem o mérito de trazer o frescor de uma obra que com certeza foi transgressora por colocar em cena figuras do terror, do mundo underground, com comportamentos condenáveis por uma sociedade repressora e nitidamente hipócrita.
A história pode parecer datada, já que o movimento pela liberdade sexual, de comportamento, aconteceu naquela época, mas é visível o quanto as pessoas ainda são preconceituosas com relação à homossexualidade e transexualidade.
Frank’N’Furter (interpretado com maestria por Médici) é o dono de um castelo onde todos os moradores são excêntricos.
Furter está criando uma estranha criatura para que todos os seus desejos sexuais sejam realizados. Ele é um ser repugnante e também atraente, que recebe em sua moradia um casal aparentemente ingênuo e puro, Brad (Felipe De Carolis) e Janet (Bruna Guerin).
Brad e Janet tiveram problemas com o carro após uma tempestade e foram pedir ajuda no castelo.
No decorrer da história, esse lindo casal, no entanto, demonstra que também têm desejos enrustidos.
Muita música e muito brilho colocam a trama num universo kitsch, com influências também nas histórias em quadrinhos e na ficção científica. Rock (Felipe Mafra), a figura criada pelo cientista que tem atitudes que lembram o personagem Frankenstein) é corpulento e lembra muito personagens como o He-man.
No segundo ato, o ritmo cai. A explicação pode estar no texto que fica um pouco confuso, detalhe que não pode ser visto como crítica à montagem, porque as obras de terror e filmes B geralmente têm tramas fracas, sem muita consistência,
O que vale ressaltar é que as músicas, as coreografias, o visual e a interpretação dos atores devem ser ressaltados e o musical tem conquistado a plateia, que lota o Teatro Porto Seguro.
Também é importante mencionar o nome dos atores que estão em cena:
Marcelo Medici dá um show no palco, canta, dança e interpreta com desenvoltura, carisma e competência; Bruna Guerin e Felipe de Carolis apresentam ótima sintonia; Felipe chama a atenção pela qualidade do seu canto; Marcel Octavio está irreconhecível como o narrador; Gottsha é uma cantora ¨de primeira linha¨ e uma atriz que tem sempre uma presença marcante; Thiago Machado, Jana Amorim, Nicola Lama, Felipe Mafra, Vanessa Costa e Thiago Garça também apresentam ótimas performances.
Obs: Rock Horror Show virou cult
Rocky Horror Show é um fenômeno teatral raro. Após estrear em uma pequena sala do circuito underground londrino em 1973, virou filme, transformou-se em ícone pop e nunca mais saiu de cartaz dos palcos e das telas de cinema. Uma verdadeira legião de fãs ajuda a manter a aura do musical, em exibições especiais, encontros e happenings por todo o mundo. (factoriacomunicacao.com)
FICHA TÉCNICA
Autor: Richard O'Brien
Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho
Elenco: Marcelo Medici, Bruna Guerin, Felipe de Carolis, Gottsha, Thiago Machado, Jana Amorim, Nicola Lama, Felipe Mafra, Marcel Octavio, Vanessa Costa e Thiago Garça.
Texto, Música e Letras: Richard O`Brien
Versão Brasileira: Claudio Botelho
Direção: Charles Möeller
Coreografia: Alonso Barros
Cenografia: Rogério Falcão
Direção Musical: Jorge de Godoy
Iluminação: Rogério Wiltgen
Visagismo: Beto Carramanhos
Design de som: Ademir de Moraes Jr.
Coordenação Artística: Tina Salles
Direção de Produção: Beatriz Braga
Produção Executiva: Edson Lopes
Assistente de Direção: Gustavo Barchilon
Assistente de Coordenação Artística: Lorena Morais
Assistente de Coreografia: Vanessa Costa
Pianista ensaiador: Marcelo Farias
Assistente de Produção: Bruno Avellar
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação
Mídias Sociais: Leo Ladeira
Realização: Möeller & Botelho
SERVIÇO
Sextas e sábados, às 21h
Domingos, às 19h
Duração: 90 minutos de duração + 15 minutos de intervalo
Gênero: Teatro Musical
Classificação Etária: 14 anos
INGRESSOS
[Compre seu ingresso aqui]
Plateia: R$ 120,00 / R$ 60,00 (meia-entrada)
Balcão: R$ 50,00 / R$ 25,00 (meia-entrada)
Frisas: R$ 90,00 / R$ 45,00 (meia-entrada)
Não será permitida a entrada na sala após o início do espetáculo, não havendo a devolução de valores e troca de ingressos para outra data.
Teatro Porto Seguro
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elísios
Telefone (11) 3226.7300
Capacidade: 508 lugares.
Duração: 90 minutos de duração + 15 minutos de intervalo.
Temporada: De 11 de novembro a 11 de dezembro
Classificação: 14 anos.
Bilheteria: Terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto na compra de 1 ingresso + acompanhante.
Formas de pagamento: Todos os cartões de crédito e débito.
Vendas: Ingresso Rápido
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro.
Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/ Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.
Happy Hour Restaurante Gemma – quartas, quintas e sextas das 17h às 21h.
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