#Jim traz o espírito libertário, transgressor e ideológico de um dos maiores nomes do rock mundial.
Num tempo caótico rever as ideias de Jim Morrison, e de artistas que influenciaram o seu trabalho, como Rimbaud, é pertinente e necessário.
O musical não é biográfico e isso contribui para que o espírito do vocalista do The Doors ganhe uma homenagem à sua altura, a partir de um texto poético e simbólico.
No cenário, apenas um piano que representa o túmulo onde Jim está enterrado, em Paris, no cemitério Père-Lachaise.
João Mota, um homem comum, obcecado pelo artista, está na frente do túmulo com uma arma. Ele não conheceu Jim, mas acredita que é a sua reencarnação e estabelece com ele uma roleta-russa. Morte e vida, sanidade e loucura se misturam.
A sua perturbação é grande e a sua personalidade é confusa, ora quem está no palco é Jim, ora é João. Ele não conseguiu seguir o mesmo caminho do seu ídolo e está acertando as contas.
As suas ideias e as ideias de Jim são expostas com vigor através do texto escrito por Walter Daguirre e das músicas que ficaram consagradas com a banda The Doors. Entre os destaques do repertório estão Light My Fire, Love Me Two Times, Riders On The Storm,Wild Child e The End, interpretadas com maestria por Eriberto.
A peça pincela alguns detalhes da vida de Jim e ganha foça com a presença da atriz Renata Guida, que vive uma mulher enigmática, que pode ser a mãe-terra, a mulher de Jim, Pamela, ou a mulher de João.
O fato é que ela funciona como uma espécie de guia de João, que expõe a sua consciência coloca em xeque a atitude de João e explora o legado de Jim.
Ficção e realidade se misturam sem amarras e o som do rock provoca uma viagem psicodélica na trajetória de um mito que conquistou fãs em todo o mundo e traz mensagens e inquietações extremamente atuais.
Quem assina a autoria de #Jim é Walter Daguerre, responsável pela criação de A Mecânica das Borboletas, montagem que contou com a participação de Eriberto ( e que também teve a direção de Paulo de Moraes). Impressionante o quanto esse texto representa as reflexões do ator com relação à nossa existência e a arte.
Claro que essa identificação com o texto contribui para que a sua presença no palco seja visceral, uma linda entrega, que ganha uma energia especial no momento em que ele comemora 20 anos de carreira no teatro (Ventania, direção de Gabriel Villela, em 1996, foi a sua primeira experiência profissional e um trabalho marcante na sua carreira).
#Jim arrebata a alma, os sentidos e os ouvidos. No musical Alma de Todos os Tempos cantava e interpretava com competência, mas com o passar dos anos, o musical foi encenado em 2000, o seu crescimento é notório. A qualidade do seu canto e a sua interpretação provam o seu amadurecimento profissional. O resultado é excelente!
Vale ressaltar que no musical Alma de Todos os Tempos, direção Gabriel Villela, Eriberto protagonizava um trabalho que trazia o espírito contestador dos anos 60 e 70 e mostrava a vida de Jesus Cristo.
Homenageava grandes nomes das artes, ícones da música e literatura, entre eles, Che Guevara, Jim Morrison, Goethe, John Lennon, Shakespeare e Fernando Pessoa. No palco, Banda Estranhos, conjunto formado por Eriberto (vocal e guitarra), Johnny Monster (baixo), e os irmãos Jeff (bateria), e Jaques Molina, (guitarra). Participação de Nábia Villela.
Trabalhos no teatro:
1996- Ventania, de Alcides Nogueira, direção de Gabriel Villela
1999- Alma de Todos os Tempos, de Gabriel Villela
2001- O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago, direção de José Possi Neto
2003- As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, direção de Antonio Abujamra e João Fonseca
2003- O Karma Cor de Rosa, de Vicente Pereira, direção de Marcus Alvisi
2007- Fala Baixo Senão eu Grito, de Leilah Assumpção, direção de Paulo de Moraes
2008- Retirada de Moscou, de William Nicholson, com direção de Luiz Arthur Nunes
2010- Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, de Plínio Pacheco, direção de Carlos Reis e Lúcio Lombardi
2012- A Mecânica das Borboletas, de Walter Daguerre, direção de Paulo de Moraes
Matéria no De Olho Na Cena
http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=137#linha
http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=136#linha
Do Túnel do Tempo:
Entrevistado: Eriberto Leão
Por Nanda Rovere
http://www.del.art.br/entrevistas/eriberto.html
JIM
Teatro VIVO (274 lugares)
Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi
Informações: 3279.1520 e 97420.1520
Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h. Aceita todos os cartões de crédito e débito. Acessibilidade: 6 lugares para cadeirantes, 2 lugares para mobilidade restrita e 2 cadeiras para obesos. Vallet: R$ 25.
Facebook: facebook.com/vivoencena – Instagram: @vivoencena
Vendas: www.ingressorapido.com.br e 4003.1212
@eribertoleao72 @piupictures
O Programa Vivo Encena teve foco no teatro musical com #Jim e #OGrandeSucesso, e no teatro que traz a música como elemento de suma importância, #RainhasdoOrinoco, Direção Gabriel Villela. Três excelentes espetáculos e que evidenciam o objetivo do Programa, que é valorizar o teatro de qualidade e promover debates sobre o fazer teatral.
Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 18h
Ingressos:
Sexta e Domingo R$ 80 (Setor A) | R$ 40 (Setor B)
Sábado R$ 80 (Setor A) | R$ 50 (Setor B)
R$ 20 no final de semana de estreia dias 28, 29 e 30 de Outubro
Duração: 65 minutos
Recomendação: 16 anos
Pré estreia para convidados: dia 27, quinta, às 21h30
Estreia dia 28 de Outubro de 2016
Temporada: até 18 de Dezembro
Ficha Técnica:
Texto: Walter Daguerre
Direção: Paulo de Moraes
Elenco: Eriberto Leão e Renata Guida
Direção musical: Ricco Vianna
Músicos: Antonio Van Ahn (teclado), Felipe Barão (guitarra) eRorato (bateria)
Cenografia: Paulo de Moraes
Figurinos: Rita Murtinho
Iluminação: Maneco Quinderé
Assessoria de Imprensa: Morente Forte Comunicações Célia Forte Selma Morente Beth Gallo Daniela Bustos Thais Peres Forte
Produção executiva: Denise Escudeiro e Bruno Luzes
Produção e coordenação de comunicação: Barata Comunicação Eduardo De Souza Barata |