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| TEATRO | ||||||||
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Mel Lisboa estreia Madame Blavatsky - amores ocultos | ||||||||
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Mel Lisboa estreia Madame Blavatsky - amores ocultos No espetáculo solo, a história de uma mulher instigante, que promove reflexões sobre a potência da nossa mente e sinaliza a magnitude do teatro - o seu poder de contar histórias Helena Blavatsky foi escritora, fundadora da Teosofia e era paranormal. Nasceu na Rússia - Ucrânia - 1831; faleceu em 1891, em Londres. Desde criança tinha visões. Se em pleno 2023, ainda mais após os tempos sombrios que passamos com um governante com visões fascistas, as mulheres são vítimas de misoginia e pessoas médiuns são confundidas com bruxas e/ou vistas como loucas, no tempo de Helena com certeza vencer preconceitos era uma batalha muito, mas muito árdua. Helena sofreu com a ignorância do pai (a mãe tinha uma mente " mais aberta"); obrigada a se casar com um senhor bem mais velho, acabou fugindo para o exterior porque sentia asco do marido. Na Rússia mulher separada era massacrada pela sociedade. Viajou pelo mundo, conheceu pessoas, fez descobertas sobre a alma humana, enfrentou inimizades e também fez muitos aliados. Odiada por muitos e considerada chartalã, também foi admirada e invejada por muita gente. Com a ascenção de Hitler a vida ficou complicada e, apesar de já ter uma trajetória de feitos, num certo momento começou a ficar muito doente, enfraquecida. Blavatsky surgiu num momento histórico em que a religião perdia fiéis com o avanço da Ciência e da Tecnologia. Ela teve a proeza de contribuir para o avanço do ocultismo e do estudo conceitos que buscam explicações para questões relacionadas à existência humana, ao esoterismo e à reencarnação. Helena Blavatsky acreditava na fraternidade como o meio de combate à intolerância. A teosofia ganhou o mundo e é fonte de estudos e pesquisas. Conhecer detalhes da trajetória dessa mulher através do olhar de Claudia Barral, autora do texto teatral, da atriz Mel Lisboa e do diretor Marcio Macena, é uma oportunidade prazerosa. Macena guia a atriz para ela ficar bem à vontade em cena. Claudia se inspirou na peça Madame Blavatsky, de Plínio Marcos, e mostra toda a sua competência para a dramaturgia. O texto não é uma simples narrativa da vida dessa figura tão emblemática. Helena quer retornar ao mundo "físico" para que as pessoas conheçam melhor a sua alma. Exige que isso aconteça no teatro, através do corpo de uma atriz e que no palco estejam objetos marcantes na sua vida, como um piano e uma coruja. Um grande prazer para ela é poder sentir mais uma vez o sabor de um delicioso doce típico russo, uma amenidade que lhe traz lembranças. A incorporação mediúnica acontece de uma maneira intensa. É ficção, claro, mas Mel Lisboa vive esse momento com muita intensidade e tudo parece tão real! O poder mágico do teatro! Vemos a maestria da interpretação de uma atriz que se aprimora a cada novo trabalho. Corpo e voz estão a serviço do espírito de Helena Blavatsky. A fisionomia de Mel se transforma, ganha ares de uma senhora que carrega consigo a complexidade da vida e os seus mistérios. A sua expressão corporal é magnetizante. Uma viagem mística e teatral. A quarta parede é quebrada em alguns momentos para Mel relatar detalhes do seu encontro com a vida de Helena Blavatsky, um encontro onde a paranormalidade se fez presente. Um encontro especial porque ele ocorreu durante um tempo de incertezas, no auge da pandemia, e ela transformou esse momento marcante em um espetáculo teatral de qualidade. ..... Teosofia - conjunto de doutrinas filosóficas, esotéricas e ocultistas que buscam o conhecimento direto dos mistérios da vida, da natureza e da divindade. O teatro e o seu poder de nos fazer viajar pelo limite tênue entre ficção e realidade, verdade e mentira, imaginação, sonho e o poder da mente. .... Com Mel Lisboa Texto: Cláudia Barral Direção: Marcio Macena Luz: Ligia Chaim Figurino: João Pimenta Cenário: Márcio Macena Som: Bruno Pinho Produtora Executiva: Dani D' Agostino Equipe Cenotecnia: Alício Silva, Mariana Maschietto, Igor Gomes, Dandhara Shoyama, Giorgia massetani, Julia Leandro Fotos Assessoria: João Caldas Fotos Divulgação: Hudson Senna Designer gráfico: Valentina Namur Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Direção de Produção: Morena Carvalho Realização: Lisboa Produções Estreia dia 15 de março Terças e quartas às 20h TEATRO VIVO Ingressos à venda pelo Sympla. @mellisboa @marciomacena @caubarral @andreacioli77 @instadapombo #deolhonacena |
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