A comédia musical Silvio Santos Vem Aí! Conta a trajetória do grande nome da comunicação no Brasil e quem tem a responsabilidade de transformar a vida do comunicador em texto teatral é uma dupla de dramaturgos: Marília Toledo e Emílio Boechat. A direção é de Fernanda Chamma (que também assina a coreografia) e Marília Toledo. O premiado Marco França assina a direção musical.
Velson D’Souza é o ator que dará vida ao Silvio Santos e em cena será realizado um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel, desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT.
O elenco interpreta personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações: Adriano Tunes (Velha da Praça Nahim), Andreas Trotta (Leon), Bianca Rinaldi (Íris), Bruno Kimura (Anestesista, Bailarino Russo), Daniela Cury (Rebeca Abravanel, Hebe Camargo), Diego Montez (Wagner Montez, Sidney Magal, Boni), Gigi Debei (Mara Maravilha, Telemoça), Giselle Lima (Sônia Lima, Cidinha), Gustavo Daneluz (Silvio Jovem), Hellen De Castro (Gretchen, Telemoça), Ivan Parente (Pedro de Lara), Ju Romano (Rosana, Telemoça), Juliana Bógus (Aracy de Almeida), Léo Rommano (Atrasildo, Manoel de Nóbrega Alternante), Lucas Colombo (Bozo), Paula Flaibann (Elke Maravilha), Pedro Passari (Swing), Rafael Aragão (Alberto Abravanel, Silvio Alternante), Roney Facchini (Manoel de Nóbrega), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo, Bailarino Russo), Velson D’souza (Silvio Santos), Verônica Goeldi (Boneca, Bolinha de Sabão, Telemoça), Vinícius Loyola (Gugu Liberato, Gilliard, Sérgio Mallandro).
O ator Velson D’Souza está fugindo da caricatura. O ator que já trabalhou em novelas no SBT e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos, declara: “Estou tentando partir da desconstrução. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje.
Marília Toledo ressalta que é um grande desafio e orgulho fazer um musical 100% nacional e que conta história de uma personalidade tão emblemática. Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio, ressaltando que o espetáculo é conduzido pelas canções .
Antes do início do espetáculo, haverá um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos, além de um bar com comidas típicas do Domingo no Parque, como cachorro - quente, algodão doce, pipoca, entre outros.
E para quem gosta de participar: o público pode se inscrever para concorrer e fazer parte de uma cena do Show de Calouros, como calouro.
Fernanda Chamma ressalta a qualidade do elenco e diz que está trabalhando com liberdade de criação dos personagens de uma maneira bem inusitada e atemporal. E sobre Silvio Santos: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.
A trilha sonora conta com músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França.
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