Espetáculo marca parceria de mais de 30 anos entre a encenadora e a atriz.
O elenco, além de Bete, conta com Luiza Curvo, Amanda Lyra, Carlota Joaquina, Luisa Renaux, Ricardo Bittencourt, Murilo Grossi, Roberto Audio, Rodrigo Penna, Wilson Feitosa, Cacá Toledo e Murillo Carraro. Os músicos Juliana Perdigão/Gui Augusto, Felipe Antunes e Allan Abbadia/Ednaldo Santos, interpretam a trilha sonora ao vivo
A montagem marcar os 33 anos de p arceria entre Bete Coelho, protagonista, e Daniela Thomas. Com tradução direta do alemão assinada por Marcos Renaux, a peça se passa durante doze anos dentro da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e apresenta a trajetória de Anna, uma comerciante que acompanha as tropas com sua carroça, vendendo suprimentos para os soldados e só pensa em obter lucro. Ela não consegue dar conta ao mesmo tempo das vendas e dos cuidados dos filhos, que acabam sendo vítimas da guerra..
“Acho que a Mãe Coragem é uma espécie de Hamlet das mulheres, ou melhor, seu oposto complementar. Em Hamlet você tem que ser um ator maduro e jovem, e em Mãe Coragem você tem que ser uma atriz madura e velha. Então, geralmente você tem disposição para fazer quando é jovem, mas tem que esperar ficar mais velha. E Hamlet você quer fazer e não tem maturidade quando você é jovem, né? Mas eu sempre achei muito difícil, li várias vezes, mantive esse desejo remoto, e sempre guardei na estante, como uma perolazinha”, diz a idealizadora da montagem Bete Coelho.
Daniela Thomas destaca o caráter dialético no texto de Brecht. “Quando recebi o convite de Bete para dirigir o Mãe Coragem, logo imaginei uma trupe de atores chafurdando na lama, num espetáculo que não se dirigisse ao público, mas que fosse testemunhado por ele. Ou ainda: que além de assistir os atores, o público, organizado em torno da arena, assistisse o clássico de Bertolt Brecht sendo visto por uma outra plateia, em mais um testemunho da alienação pretendida pelo diretor/filósofo. Enquanto discutíamos sobre a montagem, nesses anos, assombraram-nos os rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho: a lama inerte, implacável, que assassinou famílias, florestas e rios. Assombrou-nos também a luta diária dos pobres, pardos e negros do Brasil frente ao genocídio de seus jovens: nossa guerra particular. Assombraram-nos ainda os slogans intolerantes e cada vez mais vocais dos que falam em nome de Deus. Mãe Coragem é uma peça escrita nos anos de 1930 e 1940 do século XX, no norte da Europa, sobre a guerra religiosa que os assolou nos anos 1600 e ressoa atual e pertinente nos nossos tristes trópicos”, revela a diretora.
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FICHA TÉCNICA
Texto – Bertolt Brecht
Música original – Paul Dessau
Tradução – Marcos Renaux
Direção – Daniela Thomas
Assistência de direção – Gabriel Fernandes
Direção musical e arranjos – Felipe Antunes
Cenário – Daniela Thomas e Felipe Tassara
Figurino – Cassio Brasil
Iluminador – Beto Bruel
Desenho de som - Gustavo Breier
Elenco:
Bete Coelho
Luiza Curvo
Amanda Lyra
Carlota Joaquina
Luisa Renaux
Ricardo Bittencourt
Murilo Grossi
Roberto Audio
Rodrigo Penna
Wilson Feitosa
Cacá Toledo
Murillo Carraro
Músicos:
Juliana Perdigão/ Gui Augusto
Felipe Antunes
Allan Abbadia/Ednaldo Santos
Wilson Feitosa
Murilo Grossi
Cacá Toledo
Produtora de figurino - Patricia Sayuri Sato
Assistentes cenografia – Iara Ito e Tania Menecucci
Assistente figurino – Daniela Tocci
Assistente e operadora de luz – Sarah Salgado
Engenheiro de Som, Gravações e Mixagem – Gustavo Breier
Direção de palco – Murillo Carraro
Contrarregras - Theo Moraes e Davi Puga
Camareira – Lili Santa Rosa
Aderecistas – Jesus (Walkir Pedroso) e Bosco Bedeschi
Costureiras – Yrondi Moço Rillo, Salete Paiva e Lili Santa Rosa
Harmonização das partituras originais – Kezo Nogueira e Felipe Antunes
Estagiários - Alice Tassara, Annick Matalon, Maria Pini Piva e Thomas Carvalho
Diretor técnico – Nietzsche
Arquitetura - Alvaro Razuk
Equipe de Arquitetura - Daniel Winnik, Ligia Zilbersztejn, Tabata Sung e Anselmo Turazzi
Assessoria Jurídica: Olivieri Advogados (pro bono) / NBPF Advogados
Assessoria de imprensa – Pombo Correio
Arte gráfica – Celso Longo e Daniel Trench
Fotógrafa – Jennifer Glass
Assistentes de produção – Diogo Pasquim, Theo Moraes e Davi Puga
Produtor executivo – Arlindo Hartz
Direção de produção – Luís Henrique Luque Daltrozo
SERVIÇO
SESC Pompeia - Rua Clélia, 93, Água Branca
Temporada: 11 de junho a 21 de julho de 2019
De terça a sábado, às 20h30, e aos domingos, às 18h30
Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 12 (credencial plena do Sesc - trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).Venda de ingressos no Portal Sesc SP (www.sescsp.org.br) e unidades. Limite de 4 ingressos por pessoa.
Classificação: 12 anos
Duração: 150 minutos
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