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| TEATRO | |
| Acompanhe o melhor do teatro adulto e infantil! As principais estreias nos palcos estão aqui. Não deixe de ler as matérias e críticas. |
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| Teatro Adulto - Estreias | |
| Jogos na Hora da Sesta do grupo Teatro da Vértebra discute o autoritarismo | |
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| A peça é da autora romena radicada na Argentina Roma Mahieu | |
| Sinopse | |
| Em Jogos na Hora da Sesta, da autora romena radicada na Argentina Roma Mahieu, o Teatro da Vértebra discute o autoritarismo a partir de situações de violência praticadas por crianças. A idéia é abordar brincadeiras e objetos muito associados à infância, hierarquias e traços de opressão que se estabelecem. Vale dizer que as personagens são interpretadas por atores e atrizes adulto e o espetáculo foi escrito em meio à ditadura militar argentina. O texto foi censurado e a autora se exilou em Madri, Espanha, a partir de 1978. Para Sérgio Marques, diretor da montagem, o êxito da peça está em retratar a postura ditatorial sem ser panfletária ou maniqueísta. “O texto parte de um lugar cotidiano para chegar nas situações extremas, o que faz com que o público identifique na própria vivência os perigos de certos comportamentos e para onde eles podem ser levados”, diz. Essa observação ganhou força a partir de uma experiência proposta pelo grupo desde a primeira temporada do espetáculo: a cada domingo acontece um debate entre público, atores e algum especialista convidado pela equipe (professor, sociólogo, artista etc). “Nesses diálogos percebemos abertura para falas de pessoas com espectros ideológicos muito diferentes”, diz Sérgio. Entre outros assuntos, a peça passa por questões como a opressão, o silenciamento de certas camadas da sociedade e a violência. “Também achamos importante preservar a memória das marcas profundas deixadas por regimes ditatoriais”, ressalta o diretor. Uma peça que fala de um assunto atual, encenada sem caricaturas e que têm por objetivo mostrar uma obra atemporal. Um dos destaques é a trilha sonora, com a presença da cantiga Se Essa Rua Fosse Minha, executada ao vivo com variações e desconstruções melódicas ao longo do espetáculo, ocupando o lugar de pausas e suspensões. Outro fato que merece destaque: o elenco do espetáculo conta com a participação de Diego Pallardó, ator argentino de 52 anos que viveu a ditadura argentina durante a infância. “Eu era uma dessas crianças brincando no parquinho e me lembro que a violência praticada por nós, na rua, era um reflexo do que estávamos vivendo, um autoritarismo absorvido pelos adultos”, diz o ator. Sinopse curta Um grupo de crianças brinca no parquinho da rua. Os jogos que se desenrolam ao longo do dia abrem brechas para que a personalidade de cada uma seja friamente revelada. Assim, as brincadeiras incitam jogos de poder, violência e crueldade. |
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| Ficha Técnica Texto: Roma Mahieu. Direção: Sérgio Marques. Elenco: Alessandra Vitanis, Bárbara Ablas, Beatriz Belintani, Beatriz Porto, Dante Passarelli, Diego Pallardó, Lia Pires, Lucas Leite, Mateus Torres e Victor Rosa. Trilha Sonora original: Piero Schlochauer. Violoncelo: Vinicios Borges Piano: Rafael Salgado. Cenografia: Diego Pallardó Desenho de luz: Henrique de Paula. Produção: Isadora Borian. Serviço De 3 de novembro a 2 de dezembro. Sexta e sábado, 20h30, e domingo, 18h. Aos domingos, haverá debate após as apresentações. Obs: Não haverá sessão nos dias 16, 17 e 18 de novembro. Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Endereço: Rua Dr. Teodoro Baima, 98 - República, São Paulo. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Classificação indicativa: 14 anos Duração: 60 min |
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