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Teatro Adulto - Estreias

Boca de Ouro com direção de Gabriel Villela estreia no Tucarena

A montagem, que é baseada no texto de Nelson Rodrigues, leva a trama para um salão de gafieira e Malvino Salvador interpreta o papel título
Sinopse
O diretor Gabriel Villela já dirigiu textos de Nelson Rodrigues, A Falecida e Vestido de Noiva. Trabalhos que merecem atenção dentro do seu vasto currículo de espetáculos.

No próximo dia 11 de agosto, Villela apresenta o resultado de mais um mergulho na obra do autor: Boca de Ouro estreia no Tucarena, em São Paulo.

Para quem não conhece a trama de Boca de Ouro: A tragicomédia carioca apresenta a história de Boca de Ouro, um lendário bicheiro carioca.

Temido e megalomaníaco, ele ficou famoso por um ato excêntrico - trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro e por isso é conhecido como o Drácula de Madureira.

Boca é assassinado e o repórter Caveirinha (vivido por Chico Carvalho) pesquisa a sua vida para tentar solucionar o crime. A Sua grande fonte de informação é dona Guigui, ex –amante do contraventor, que conta diferentes versões sobre a sua trajetória, de acordo com o seu interesse e estado psicológico (deixando em evidência um emaranhado de informações e um ponto de interrogação sobre quem realmente foi Boca).

Malvino Salvador é Boca de Ouro e encabeça um elenco formado por Lavínia Pannunzio (Guigui); Mel Lisboa e Cláudio Fontana que fazem o casal Celeste e Leleco; Leonardo Ventura, o fiel e apaixonado marido de Guigui, Agenor. Chico Carvalho, além do repórter rodriguiano, interpreta a grã-fina Maria Luisa. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco. O Pianista Jonatan Harold executa a trilha sonora, que é interpretada ao vivo por Mariana Elizabetsky,

Desses artistas, somente Malvino e Gui Bueno são dirigidos pela primeira vez por Villela, já que os demais artistas frequentemente atuam em espetáculos assinados pelo diretor. Um time de talento comprovado.

O tom poético das cenas é o foco do universo criativo do diretor, que cria magias cênicas carregadas de simbolismos, belezas e sempre respeita o texto que está colocando em cena.

Para dar consistência ao seu universo criativo, conta com uma equipe técnica/ criativa formada por profissionais que sempre integram o seu time de trabalhos e têm a competência reconhecida para reforçar a sua concepção cênica: a iluminação é de Wagner Freire; direção Musical e preparação Vocal:Babaya; espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica; Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo; Foto: João Caldas Fº; Produção executiva: Luiz Alex Tasso e Direção de produção: Claudio Fontana.

Quem acompanha a trajetória de Villela sabe do apuro de seus trabalhos e dessa vez, claro, essa característica de suas realizações também não será deixada de lado:

O Cenário e o figurino criados pelo diretor levam a trama, que é ambientada no subúrbio do Rio de Janeiro, para uma gafieira.

A arena do teatro é transformada num palco circulante que simboliza a mente contraditória de Guigui num espaço arquetípico que remete o espectador ao salão circular de gafieira ou que também pode reverenciar o ciclo de vida que se encerra em vários momentos do espetáculo.

Uma encenação que leva para a arena iconografias do subúrbio carioca através do Candomblé e de mascaradas astecas. A casa de Celeste e Leleco, por exemplo, traz representações de Orixás sincretizados e o ator Guilherme Bueno é a figura de Iansã que aparece nas cenas de morte.

O figurino traz cores, texturas e adereços que reforçam o teor simbólico das cenas.

A fala dos atores e o canto sempre foram muito bem trabalhados nas montagens de Villela. Mais uma vez a preparadora vocal Babaya, que também assina a direção musical) e a italiana Francesca della Mônica, responsável pela espacialização vocal e antropologia da voz, trabalham com os atores para que a parte vocal seja exímia, dando aos atores segurança nas entonações de voz e na interpretação das nuances dos personagens.

A trilha sonora, sempre ponto alto das montagens do diretor, apresenta canções que ficaram eternizadas na voz de Dalva de Oliveira e que ganham força na voz da expressiva atriz e cantora Mariana Elisabetsky.

Villela declarou em entrevista para o Jornal O Globo que considera Boca de Ouro a obra de maior representatividade de Nelson Rodrigues e que entrou em contato com o autor na faculdade e o seu interesse ganhou força devido às aulas que eram ministradas pelo Sabato Magali, especialista na obra do dramaturgo. Para saber mais: https://oglobo.globo.com/cultura/teatro/gabriel-villela-narra-cada-etapa-da-sua-vida-nos-palcos-no-livro-imaginai-21526217

A estreia de Boca de Ouro, num momento conturbado de nossa cultura e política, revela a contemporaneidade da obra de Nelson Rodrigues, que também foi jornalista e, assim como o personagem Caveirinha, vivenciou as mazelas de uma imprensa muito mais focada nos fatos sensacionalistas do que na busca de informações de interesse público.

Neste sentido, a face do Brasil retratada por Rodrigues,recheada de contrariedades, com personagens envolvidos em contravenções e voltados para a festa, a música e a religiosidade, não está nem um pouco distante do que vivemos hoje.

Após a estreia de Boca de Ouro, Gabriel Villela irá dirigir, em Curitiba, Hoje é dia de Rock, com estréia prevista para novembro, e que já está em processo de seleção de atores paranaenses.

Um trabalho que levará para o palco um universo muito próximo ao de Villela, pois Zé Vicente , que escreveu clássicos do nosso teatro - além desse texto, é autor de Santidade e O Assalto, nasceu em Alpinópolis, cidade conhecida como Ventania, e que é vizinha de Carmo do Rio Claro (terra natal do diretor).

Vale frisar que Villela dirigiu o inesquecível Ventania, texto do Alcides Nogueira, que colocava no palco todo o universo do dramaturgo mineiro e usava Hoje é Dia de Rock como grande referência. (Mais informações sobre a seleçãohttp://www.teatroguaira.pr.gov.br/2017/07/2162/Atores-para-o-TCP.html)

E para quem quer entrar em contato com o processo criativo do diretor para além do tablado, a sua trajetória profissional está registrada no Livro "Imaginai! O teatro de Gabriel Villela, com textos de Dib Carneiro Neto (com depoimentos do biografado) e pesquisa de imagens assinada por Rodrigo Audi. A obra, editada pelas Edições SESC, já foi lançada em São José do Rio Preto (no FIT-Festival Internacional de Teatro) e em setembro haverá noite de autógrafos no SESC Consolação, em São Paulo.

Para saber mais sobre o livro: http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=223#linha

Ficha Técnica
Texto: Nelson Rodrigues. Direção, Cenografia e Figurinos: Gabriel Villela. Elenco: Malvino Salvador, Lavínia Pannunzio, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Chico Carvalho, Leonardo Ventura, Cacá Toledo, Mariana Elisabetsky, Jonatan Harold e Guilherme Bueno. Iluminação: Wagner Freire. Direção Musical e preparação Vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Monica. Pianista: Jonatan Harold. Diretores assistentes: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Foto: João Caldas Fº. Produção executiva: Luiz Alex Tasso. Direção de produção: Claudio Fontana.

Serviço
Duração: 100min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 21h, Dom 18h30. R$ 50 (sex), R$ 50 e R$ 70 (sáb e dom). Gratuidade a portadores de deficiência. Classificação 14 anos. Estreia 11/8. Até 29 de outubro. Vendas pelo Ingresso Rápido: /www.ingressorapido.com.br
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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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