Bate-Papo sobre o Processo de Criação - Cordel do Amor sem Fim - ou A Flor do Chico
Direção, cenografia e figurinos Gabriel Villela
Mostra Geral do Teatro
Os Geraldos
O processo de criação do espetáculo Cordel do Amor sem Fim foi abordado durante 50 minutos de conversa e, obviamente, as falas tiveram como foco o trabalho de direção, figurino e cenografia realizado pelo diretor Gabriel Villela.
Os Geraldos definem a parceria com Gabriel Villela como “UM PRESENTE¨. ¨Estar com Gabriel Villela foi um grande aprendizado e uma honra¨.
A escolha do texto de Claudia Barral, que fala da espera de uma jovem por seu amado e o relacionamento entre três irmãs, e tem como cenário a beira do Rio São Francisco, na divisa entre Minas e Bahia, terra da autora) foi extremamente oportuna para o diretor colocar no palco o seu imaginai recheado de poesia, beleza e delicadeza.
Um imaginário que tem como fonte de inspiração a sua vivência na sua terra natal, a cidade de Carmo do Rio Claro, não muito longe da nascente do Rio São Francisco, na Serra da Canastra.
O ator Douglas Novais reverenciou a grande experiência e o talento de Villela no teatro. ¨Basta lermos o seu currículo para ficarmos chocados com a sua genialidade¨, disse o ator. ¨Assistir a um minuto de uma obra dele já é o encantamento maior da vida¨, complementou.
Segundo o ator, entre os destaques da encenação, a visualidade e a estética foram construídas nos mínimos detalhes. Um contar de histórias para gerar diversão e reflexão.
Como um artesão da cena, Villela criou um espetáculo com musicalidade e teve como guia precioso um trabalho intenso com Babaya e Francesca dela Monica. Nas palavras de Novais, Babaya e Francesca são ¨anjas da voz¨.
Não deixou de citar o talento do músico Everton Gennari.
Novais também destacou que Villela valorizou a comicidade na dramaturgia de Claudia Barral.
Para os atores dos Geraldos, ser dirigido por Gabriel Villela é prazeroso e produtivo desde o primeiro momento porque ele é um diretor que valoriza o estudo do texto através do trabalho de mesa.
¨O trabalho de mesa é vital para o entendimento do texto. É uma abertura de universos¨, destacou o ator e também a atriz Paula Mathenhauer Guerreiro.
¨Para cada frase, para cada vírgula, Gabriel abre espaço para a história do teatro. É um trabalho de távola redonda, através do qual o diretor propõe como ler o texto. Ele vai fundo no mais sincero, ingênuo e original da cultura popular do Brasil profundo. Como se estivéssemos nos recônditos de Minas ¨.
Novais comentou sobre a simbologia no imaginai de Gabriel Villela, uma conexão simbólica entre os elementos da cena e do texto que faz com que objetos corriqueiros como uma bola de vidro, no caso de ¨Cordel¨, se transforme na beleza e magia de uma bola de cristal. ¨Lapidação do início ao fim¨.
Para finalizar o bate-papo, Paula fez questão de evidenciar que foi a primeira vez que Gabriel Villela assinou uma montagem no interior paulista, e, por esse motivo, Cordel do Amor sem fim é importante do ponto de vista artístico (um clássico contemporâneo) e também porque a arte pulsa fora da capital.
Esse contato aumentou ainda mais o desejo do grupo Os Geraldos de levar o espetáculo para lugares que nunca tiveram a oportunidade de conferir uma montagem assinada pelo diretor.
Para assistir ao espetáculo, até 31 de dezembro (a qualquer hora) e ver a ficha técnica e dos atores (que Douglas Novais fez questão de citar):
https://www.sesisp.org.br/evento/d48faf2a-feab-40f4-9302-193207e7469e/cordel-do-amor-sem-fim
E mais:
Cordel do Amor sem Fim - O amor, a poesia, a delicadeza e o encantamento com direção de Gabriel Villela
http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=581#linha
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