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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Os Geraldos - Masterclass com Gabriel Villela | ||||||||
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Sinopse: Série de quatro Masterclass online ministradas pela equipe de criação do espetáculo "Cordel do Amor sem Fim" com os temas: - Figurinos e Acessórios, com José Rosa - Maquiagem, Máscaras e Cenografia, com Helô Cardoso - Preparação vocal, com Everton Gennari e Babaya Morais - O Ateliê de Gabriel Villela, com Gabriel VillelaMostra Geral do Teatro PAULA GUERREIRO CONVERSA COM GABRIEL VILLELA Gabriel Villela assistiu ao espetáculo Rastro Atrás, dirigido por Dagoberto Feliz, e através deste trabalho verificou como Os Geraldos se relacionam com o diretor, com as máscaras da palhaçaria. Paula salientou o quanto o trabalho de Gabriel Villela abre universos desde o trabalho de mesa, onde o diretor apresenta um universo de referências estéticas que convocam o circo, as procissões e o universo barroco (o pré-sal da dramaturgia nas palavras de Villela). Segundo Villela, as suas referências vêm de sua paixão pelas artes plásticas, de suas leituras e da sua capacidade de absorver tudo o que aprendeu na universidade e conseguir aproveitar todo o conhecimento nas suas criações. Sempre faz questão de frisar que o curso de direção de Artes Cênicas, na USP, foi fundamental na sua formação. Paula questionou Villela sobre como surgem as ideias, as imagens, para as suas criações. De acordo com o diretor, é resultado de tudo o que vê, observa no cotidiano e nas viagens. A base é o estudo, a teoria, que é transformada em prática. “Eu adoro estudar teoria, e o barroco está debaixo dos meus pés e vive de antíteses…tento puxar no texto referências sobre esse universo¨...¨O que eu gosto é de levar o ator a uma provocação para que ele perceba a fonte estética de um trabalho¨. O ator tem que estar disponível para estudar, entender a teoria, estar aberto para conversas e discussões e assim ter a capacidade para trabalhar com o teatro que realiza, um teatro épico, narrativo, que exige do ator a capacidade de contar história. Paula também o questionou sobre o acompanhamento pós estreia... Gabriel disse que não gosta de ver o espetáculo pós estreia e sim de ouvir o espetáculo, ficar na coxia e ouvir as vozes. Para o último bloco, a atriz o questiona sobre as suas referências, espetáculos que gostou. O diretor citou a trilogia Medeia, Troiana e Electra (encenada pela “Companhia do Teatro Nacional de Bucareste), com direção de Andrei Serban, na Bienal de São Paulo. Recentemente assistiu ao trabalho de uma italiana, encenando uma trilogia grega que o encantou (– trilogia de Ésquilo - Agamênon, Coéforas e Eumênides). Também citou Antunes Filho como uma grande referência de sua geração, a busca do teatro nô, o butô, o qual tem como grande representante o dançarino japonês Kasuo Ono (dança-teatro). Estudioso e apaixonado por leituras, Villela foi questionado sobre os livros que estava lendo no momento da entrevista/conversa. Citou A Casa das Belas Adormecidas, do escritor japonês Yasunari Kawabata, Sagarana, de Guimarães Rosa, O Buraco da Agulha, de Ken Follett e A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch. Fez menção também aos autores latino-americanos de realismo fantástico: ¨Estou com sempre um debaixo do braço e Borges na escrivaninha da cama¨, declara o diretor. Com relação ao audiovisual, citou Borgen, série dinamarquesa. Para finalizar a conversa, Villela falou sobre a experiência de ter um espetáculo pronto e ter que aguardar um momento oportuno (com as vacinas) para a sua estreia. Mais de um ano de espera. ¨Um exercício de paciência. Um período sabático para defender a sociedade em que nunca vivemos algo parecido¨, declarou. ..... ...A atualidade de duas peças: Estado de Sítio, de Camus e de Cordel do amor sem Fim, de Claudia Barral – espera, tolerância, que fala de amor... fala importante e oportuna de Gabriel Villela. https://www.youtube.com/watch?v=7gwjImD6ZMI |
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