A Assessoria de Imprensa divulga a temporada do excelente espetáculo Estado de Sítio, de Albert Camus e direção de Gabriel Villela, no Rio de Janeiro ( 4 a 28 de julho, de quinta a domingo). Antes a peça faz duas sessões em Santos, 27 e 28 de junho.
Depois de passar por São Paulo, temporada no final do ano passado, em Guarulhos maio deste ano, Santos ( 27 e 28 de Julho), chega ao Sesc Ginástico para temporada de um mês, entre 4 e 28 de julho de quinta a domingo.
Vencedor do Prêmio Shell SP de Melhor Música (Babaya Morais e Marco França) e com outras indicações para esse prêmio, Estado de Sítio foi indicado ao Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Direção (Gabriel Villela) e várias indicações ao Prêmio Aplauso Brasil.
Os reconhecimentos reforçam a qualidade de um trabalho que leva para a cena um assunto extremamente atual: o autoritarismo. A obra de Albert Camus foi escrita em 1948 e mostra alta potência nos tempos atuais.
Elias Andreato é a Peste e Claudio Fontana é a Morte, em mais um encontro de sucesso entre esses grandes artistas, que entre diversos trabalhos juntos, atuaram em Um Réquiem Para Antonio, também sob direção de Gabriel Villela. Interpretações realizadas com maestria!
A trama resumida: Após os maus presságios pela passagem de um cometa, os habitantes de Cádiz, na Espanha, passam a ser governados pela Peste, que depõe um governo reacionário e institui um poder arbitrário por meio da ameaça de morte. Ela instaura o Estado de Sítio e cria um regime burocrático, esvaziado de sentido e dominado pelo medo. Para se libertar da Peste será preciso resistir ao medo. O amor entre o jovem Diego (que busca a liberdade do seu povo) e a também bela e jovem Vitória, pode ser o meio de salvação.
Segundo o diretor, que fugiu do panfletarismo para não reduzir a obra de Camus a apenas um alerta político dos nossos tempos e sim levar para a cena toda a riqueza do seu texto que tem valor atemporal. Nas suas palavras: “a riqueza dramatúrgica de Camus não se limita a um contexto histórico específico nem a um campo político delimitado, mas é um mosaico de teatralidades que nos lembra que a liberdade exige esforço coletivo e contínuo”.
O tom desse espetáculo não traz as cores típicas das encenações de Villela, são cores sóbrias para retratar o clima sombrio e amedrontador, mas a riqueza de detalhes e o primor estão presentes.
A poesia para Villela é o meio eficaz para que o mundo caminhe para melhorias. A sua concepção cênica leva para o palco simbologias com alta carga de magia e a música é uma forte aliada para que a poesia emane.
A premiada direção musical de Babaya Morais e Marco França é a responsável pela qualidade do canto e fala dos atores.
A música é sempre uma aliada importante nas encenações de Villela e nesse trabalho, no coro trágico grego estão arranjos polifônicos de canções revolucionárias icônicas, como Fischia il Vento, o Hino da Resistência Francesa, músicas ciganas de Goran Bregovic e outras cantadas em ladino (língua falada por comunidades judaicas originárias da Península Ibérica).
O cenógrafo JC Serroni criou um espaço que ressalta o medo e a situação avassaladora de Cádiz, mas vê na obra uma esperança de dias melhores.
Espinhos, flores secas e objetos em tom prioritariamente opacos são detalhes que colocam a população num clima inóspito, com a presença também de animais que comumente geram asco como gafanhotos, aranhas, arapuca para prender animais e aves. E em especial, uma grande nuvem, que lembra uma coroa de espinhos ou mesmo uma aranha gigante, que desce sobre a população e sufoca.
O espetáculo encanta do início ao fim, mas alguns momentos chamam a atenção em especial de quem o assiste: o Cometa (Nathan Milléo Gualda) chega e risca o céu no início da trama, e as previsões após a sua passagem são as piores possíveis, os diálogos entre a Peste (Elias Andreato) e a Morte (Claudio Fontana), revelando o pior do ser humano e também as suas fraquezas, o amor entre Diego (Pedro Inoue) e Vitória (Nábia Villela) substitui Mariana Elisabetsky), a fala libertária de diego e a cena da morte do Nada (Chico Carvalho) - antológica.
Serviço no Rio
Local: Teatro Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187, Centro – Rio de Janeiro.
Temporada: 4 a 28/7. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 18h.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) e R$7,50 (credencial plena Sesc).
Classificação: 14 anos.
Em Santos:
Dias 27 e 28 de julho às 20h
Para mais detalhes:
https://www.sescsp.org.br/programacao/193070_ESTADO+DE+SITIO+DE+ALBERT+CAMUS#/content=saiba-mais
FICHA TÉCNICA
Texto: Albert Camus
Tradução: Alcione Araújo e Pedro Hussak
Direção e Figurinos: Gabriel Villela
Elenco / Personagem:
Elias Andreato – A PESTE
Claudio Fontana – A MORTE
Chico Carvalho – O NADA
Rosana Stavis – MULHER DO JUIZ e BENZEDEIRA
Mariana Elisabetsky em Santos e Nábia Vilela no Rio – VITÓRIA
Leonardo Ventura – JUIZ, ALCAIDE e PESCADOR
Pedro Inoue – DIEGO
Arthur Faustino – GOVERNADOR e VELHA
André Hendges – PADRE
Rogério Romera – HOMEM DO POVO e CÉRBERO
Jonatan Harold – MÚSICO
Nathan Milléo Gualda – ASTRÓLOGO, COMETA e CÉRBERO
Zé Gui Bueno – ALCAIDE e CÉRBERO
Diretores Assistentes: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo
Cenografia: J. C. Serroni
Assistentes de Cenografia: Gabriela Rinaldi, Nathália Campos e Priscila Soares
Pintura de Arte e Adereços Cenográficos: Andréia Mariano, Ingrid Oliveira, Marcelo Machado, Naiana Leotti, Priscila Chagas e Tais Santiago
Maquinistas de Montagem: Alício Silva, Ingrid Oliveira, Marcelo Machado, Priscila Chagas e Wagner Almeida
Iluminação: Domingos Quintiliano
Operador de Iluminação: Cleber Eli
Direção Musical: Babaya Morais e Marco França
Preparação Vocal: Babaya Morais
Arranjos: Marco França
Assistente de Figurinos: Nour Koeder
Coordenação do Ateliê de Figurinos: José Rosa
Costureira: Zilda Peres
Maquiagem: Claudinei Hidalgo
Assistentes de Maquiagem: Patricia Barbosa e Luís Cambuzano
Fotografia: João Caldas Filho
Assistência de Fotografia: Andréia Machado
Diretor de Palco: Alexander Peixoto
Camareira: Ana Lucia Laurino
Coordenação Galpão de Ensaios: Mara Santiago
Produção Executiva: Augusto Vieira
Direção de Produção: Claudio Fontana
Realização: SESC Rio
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
ESTREIA: dia 04 de julho (5ªf), às 20h (horário excepcional, somente para a estreia, aberta ao público)
LOCAL: Teatro Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187, Centro / RJ Tel: (21) 2279-4027
HORÁRIOS: 5ª a sab 19h, dom 18h / INGRESSOS: R$30,00, R$15,00 (meia) e R$7,50 (associados Sesc) / BILHETERIA: 3ª a domingo das 13 às 20h / CAPACIDADE: 513 espectadores / DURAÇÃO: 90 minutos / GÊNERO: drama / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 28 de julho
.Entrada solidária 50% de desconto mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será doado ao projeto Mesa Brasil.
|