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Entrevistas e dicas de espetáculos

Estado de Sítio, com direção de Gabriel Villela, faz duas sessões em Santos/SP e depois temporada no Rio de Janeiro
Publicado em 20/06/2019, 22:00
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A Assessoria de Imprensa divulga a temporada do excelente espetáculo Estado de Sítio, de Albert Camus e direção de Gabriel Villela, no Rio de Janeiro ( 4 a 28 de julho, de quinta a domingo). Antes a peça faz duas sessões em Santos, 27 e 28 de junho.

Depois de passar por São Paulo, temporada no final do ano passado, em Guarulhos maio deste ano, Santos ( 27 e 28 de Julho), chega ao Sesc Ginástico para temporada de um mês, entre 4 e 28 de julho de quinta a domingo.

Vencedor do Prêmio Shell SP de Melhor Música (Babaya Morais e Marco França) e com outras indicações para esse prêmio, Estado de Sítio foi indicado ao Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Direção (Gabriel Villela) e várias indicações ao Prêmio Aplauso Brasil.

Os reconhecimentos reforçam a qualidade de um trabalho que leva para a cena um assunto extremamente atual: o autoritarismo. A obra de Albert Camus foi escrita em 1948 e mostra alta potência nos tempos atuais.

Elias Andreato é a Peste e Claudio Fontana é a Morte, em mais um encontro de sucesso entre esses grandes artistas, que entre diversos trabalhos juntos, atuaram em Um Réquiem Para Antonio, também sob direção de Gabriel Villela. Interpretações realizadas com maestria!

A trama resumida: Após os maus presságios pela passagem de um cometa, os habitantes de Cádiz, na Espanha, passam a ser governados pela Peste, que depõe um governo reacionário e institui um poder arbitrário por meio da ameaça de morte. Ela instaura o Estado de Sítio e cria um regime burocrático, esvaziado de sentido e dominado pelo medo. Para se libertar da Peste será preciso resistir ao medo. O amor entre o jovem Diego (que busca a liberdade do seu povo) e a também bela e jovem Vitória, pode ser o meio de salvação.

Segundo o diretor, que fugiu do panfletarismo para não reduzir a obra de Camus a apenas um alerta político dos nossos tempos e sim levar para a cena toda a riqueza do seu texto que tem valor atemporal. Nas suas palavras: “a riqueza dramatúrgica de Camus não se limita a um contexto histórico específico nem a um campo político delimitado, mas é um mosaico de teatralidades que nos lembra que a liberdade exige esforço coletivo e contínuo”.

O tom desse espetáculo não traz as cores típicas das encenações de Villela, são cores sóbrias para retratar o clima sombrio e amedrontador, mas a riqueza de detalhes e o primor estão presentes.

A poesia para Villela é o meio eficaz para que o mundo caminhe para melhorias. A sua concepção cênica leva para o palco simbologias com alta carga de magia e a música é uma forte aliada para que a poesia emane.
A premiada direção musical de Babaya Morais e Marco França é a responsável pela qualidade do canto e fala dos atores.

A música é sempre uma aliada importante nas encenações de Villela e nesse trabalho, no coro trágico grego estão arranjos polifônicos de canções revolucionárias icônicas, como Fischia il Vento, o Hino da Resistência Francesa, músicas ciganas de Goran Bregovic e outras cantadas em ladino (língua falada por comunidades judaicas originárias da Península Ibérica).

O cenógrafo JC Serroni criou um espaço que ressalta o medo e a situação avassaladora de Cádiz, mas vê na obra uma esperança de dias melhores.

Espinhos, flores secas e objetos em tom prioritariamente opacos são detalhes que colocam a população num clima inóspito, com a presença também de animais que comumente geram asco como gafanhotos, aranhas, arapuca para prender animais e aves. E em especial, uma grande nuvem, que lembra uma coroa de espinhos ou mesmo uma aranha gigante, que desce sobre a população e sufoca.

O espetáculo encanta do início ao fim, mas alguns momentos chamam a atenção em especial de quem o assiste: o Cometa (Nathan Milléo Gualda) chega e risca o céu no início da trama, e as previsões após a sua passagem são as piores possíveis, os diálogos entre a Peste (Elias Andreato) e a Morte (Claudio Fontana), revelando o pior do ser humano e também as suas fraquezas, o amor entre Diego (Pedro Inoue) e Vitória (Nábia Villela) substitui Mariana Elisabetsky), a fala libertária de diego e a cena da morte do Nada (Chico Carvalho) - antológica.

Serviço no Rio

Local: Teatro Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187, Centro – Rio de Janeiro.
Temporada: 4 a 28/7. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 18h.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) e R$7,50 (credencial plena Sesc).
Classificação: 14 anos.

Em Santos:
Dias 27 e 28 de julho às 20h
Para mais detalhes:
https://www.sescsp.org.br/programacao/193070_ESTADO+DE+SITIO+DE+ALBERT+CAMUS#/content=saiba-mais


FICHA TÉCNICA
Texto: Albert Camus
Tradução: Alcione Araújo e Pedro Hussak
Direção e Figurinos: Gabriel Villela
Elenco / Personagem:
Elias Andreato – A PESTE
Claudio Fontana – A MORTE
Chico Carvalho – O NADA
Rosana Stavis – MULHER DO JUIZ e BENZEDEIRA
Mariana Elisabetsky em Santos e Nábia Vilela no Rio – VITÓRIA
Leonardo Ventura – JUIZ, ALCAIDE e PESCADOR
Pedro Inoue – DIEGO
Arthur Faustino – GOVERNADOR e VELHA
André Hendges – PADRE
Rogério Romera – HOMEM DO POVO e CÉRBERO
Jonatan Harold – MÚSICO
Nathan Milléo Gualda – ASTRÓLOGO, COMETA e CÉRBERO
Zé Gui Bueno – ALCAIDE e CÉRBERO
Diretores Assistentes: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo
Cenografia: J. C. Serroni

Assistentes de Cenografia: Gabriela Rinaldi, Nathália Campos e Priscila Soares
Pintura de Arte e Adereços Cenográficos: Andréia Mariano, Ingrid Oliveira, Marcelo Machado, Naiana Leotti, Priscila Chagas e Tais Santiago
Maquinistas de Montagem: Alício Silva, Ingrid Oliveira, Marcelo Machado, Priscila Chagas e Wagner Almeida
Iluminação: Domingos Quintiliano
Operador de Iluminação: Cleber Eli
Direção Musical: Babaya Morais e Marco França
Preparação Vocal: Babaya Morais
Arranjos: Marco França
Assistente de Figurinos: Nour Koeder
Coordenação do Ateliê de Figurinos: José Rosa
Costureira: Zilda Peres
Maquiagem: Claudinei Hidalgo
Assistentes de Maquiagem: Patricia Barbosa e Luís Cambuzano
Fotografia: João Caldas Filho
Assistência de Fotografia: Andréia Machado
Diretor de Palco: Alexander Peixoto
Camareira: Ana Lucia Laurino
Coordenação Galpão de Ensaios: Mara Santiago
Produção Executiva: Augusto Vieira
Direção de Produção: Claudio Fontana
Realização: SESC Rio
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
ESTREIA: dia 04 de julho (5ªf), às 20h (horário excepcional, somente para a estreia, aberta ao público)
LOCAL: Teatro Sesc Ginástico – Av. Graça Aranha, 187, Centro / RJ Tel: (21) 2279-4027
HORÁRIOS: 5ª a sab 19h, dom 18h / INGRESSOS: R$30,00, R$15,00 (meia) e R$7,50 (associados Sesc) / BILHETERIA: 3ª a domingo das 13 às 20h / CAPACIDADE: 513 espectadores / DURAÇÃO: 90 minutos / GÊNERO: drama / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 28 de julho
.Entrada solidária 50% de desconto mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será doado ao projeto Mesa Brasil.



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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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