Regina Duarte e Leopoldo Pacheco encabeçam elenco de O Leão no Inverno, sob direção de Ulysses Cruz
O texto do americano James Goldman ganha montagem inédita no Brasil
O Leão no Inverno leva para o Teatro Porto Seguro texto inédito no Brasil, do americano James Goldman, e fala das intrigas que acontecem no castelo do Rei Henrique II nas celebrações natalinas. Regina Duarte, Leopoldo Pacheco, Caio Paduan, Filipe Bragança, Camila dos Anjos, Michel Waisman e Sidney Santiago integram o time de atores dirigidos por Ulysses Cruz. A estreia é dia 18 de maio, sexta-feira, às 21h, no Teatro Porto Seguro.
O poder de Henrique está em perigo. Ele mantém sua esposa, a lendária rainha Eleanor, de Aquitânia, confinada em uma torre (para que ela não interfira politicamente em seu reino) e a solta para as festas de fim de ano.
Eleanor aproveita a sua liberdade temporária para criar as condições necessárias para que o seu filho mais velho, Ricardo, o futuro “Coração de Leão”, seja o próximo rei.
Completam o rol de personagens o filho caçula, que é o preferido do Rei, o filho do meio, Geoffrey, que só pensa em se aproveitar das vantagens de quem ocupar o trono, além da bela Alais, princesa amante de Henrique, e Philip, rei da França, irmão de Alais. Personagens dissimulados. Em nenhum momento é possível decifrar se o que dizem é verdade ou é apenas uma tática para que as suas vontades prevaleçam.
A peça O Leão no Inverno, escrita em 1966, é conhecida dos amantes do cinema.Ganhou duas versões para as telas: em 1968, com Peter O'Toole e Katharine Hepburn como protagonistas e direção do próprio dramaturgo. Em 2003, com Patrick Stewart que foi o intérprete do Rei Henrique II, com direção do russo Andrei Konchalovsky.
O diretor Ulysses Cruz respeita o texto, mas criou uma encenação que promove o metateatro ao colocar na cena atores que estão ensaiando uma montagem, no caso, O Leão no Inverno. Dessa maneira, a trama fica mais próxima dos nossos dias (visto que desde o primeiro momento em que começaram os ensaios, uma das preocupações de Cruz e do tradutor Marcos Daud foi entender qual a ligação da peça com o momento em que vivemos).
¨É uma família e toda família é igual. A radicalidade dessa família é tamanha que ela se juntou com a ansiedade, desespero, angústia e a falta de ética que estão presentes nos dias de hoje¨, assinala o diretor sobre os personagens.
Cruz também afirma que retirou as informações das dinastias e dados históricos para o conteúdo ficar mais dinâmico. Destaca o teor divertido dos diálogos e a qualidade dos personagens. ¨A maior delícia dessa peça é ouvir o texto¨, diz.
A sua preocupação enquanto encenador é contar bem a história e deixar o espectador interessado pelo que é contado, para que, assim, tenha a capacidade de fazer um paralelo entre o século XVIII e hoje.
O elenco não usa trajes de época e sim roupas trazidas em sua maioria de suas casas. Nas palavras do diretor: ¨para baratear os custos de produção e para promover no palco uma brincadeira, um jogo cênico que instigue o espectador a imaginar¨ e a mergulhar numa história em que a ânsia pelo poder é o que rege a vida dos personagens.
Henrique, Eleanor, Ricardo, Geoffrey, Johnny, Alais, Philip são personagens que apresentam diversas camadas e nuances. Complicado definir a verdadeira personalidade de cada um deles e se existe algum resquício de carinho entre eles.
O cenário é manipulado pelos atores e sugere algo em processo de construção, como acontece quando uma produção teatral está sendo gerida.
A luz de Caetano Villela guia os movimentos dos atores, que são orientados por Leonardo Bertholini, o que contribui para dar à cena o clima exato para o desenrolar da trama, a qual acontece em diversos ambientes.
A força do texto, pautada no caráter duvidoso dos personagens, ganha sustentação na interpretação de um elenco coeso e na trilha sonora executada ao vivo. Músicas e ruídos ajudam na construção dramática da cena.
Serviço:
TEATRO PORTO SEGURO - (508 lugares) - Alameda Barão de Piracicaba 740, Campos Elíseos, São Paulo/SP - CEP 01216-012. Duração: 100 minutos. Classificação: 12 anos. Temporada de 18 de maio a 29 de julho de 2018. Sextas e sábados, às 21h e Domingos às 19h. Preço: Sextas: Plateia - R$ 70,00 (inteira) / R$ 35,00 (meia entrada) Balcão/Frisas - R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia entrada). Sábados e Domingos: Plateia - R$ 80,00 (inteira) / R$ 40,00 (meia entrada) Balcão/Frisas - R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia entrada). Aceita todos os cartões de crédito e débito – Não aceita cheque. Estacionamento pago no local – R$20,00 (preço único). Acessibilidade para cadeirantes e elevadores no local. Vendas pela internet - www.tudus.com.br. Bilheteria funciona de Terça a sábado, das 13h às 21h e Domingo, das 12h às 19h Tel.(11) 3226-7300
Ficha Técnica:
Autor: James Goldman. Tradução: Marcos Daud.
Concepção e Direção Geral: Ulysses Cruz.
Diretor Assistente e Movimento: Leonardo Bertholini.
DireçãoMusical: John Boudler, Gilberto Rodrigues e NeltonEssi.
Direção De Produção: Henrique Benjamin. Elenco: Leopoldo Pacheco (Henry II, Rei da Inglaterra), Regina Duarte (Eleanor, esposa de Henrique), Caio Paduan (Richard, o filho mais velho), Filipe Bragança (Johnny, o filho caçula), Camila dos Anjos (Alais, princesa da França), Michel Waisman (Geoffrey, o filho do meio), Sidney Santiago (Philip, Rei da França), Rafael de Bona (ator standing). Músicos: Gilberto Rodrigues e NeltonEssi. Designer de Som: Rafael Caetano. Cenário: Lucas Isawa. Figurino: Ulysses Cruz. Designer de Luz: Caetano Vilela. Produção Executiva: Marta Tramonti. Assistência Produção: Fernanda Paixão. Gerência Financeira: Daniella Angellotti. Contabilidade – Cms Contábil. Operador de Luz: Giuliano Caratori. Operador de Som: Rafael Caetano. Camareira: Judite Rosa. Contrarregra: Lucas Andrade. Montagem e Desmontagem: Kaique Andrade Dos Santos. Perucas: Francisco Augusto. Assessoria De Imprensa: Renato Fernandes. Realização: Benjamin Produções.
O restaurante Pimenta Romã é um dos apoiadores
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