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Um Berço de Pedra está em cartaz no Tusp
Publicado em 21/04/2017, 02:00
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Você ainda não foi ver Um Berço De Pedra? Tem que ver!

Essa obra-prima do nosso teatro está novamente em cartaz, no Tusp. Arrebatador, tocante!

De Newton Moreno, com direção de William Pereira, faz curta temporada!

De 13/04 a 07/05

Montagem indicada em seis categorias aos prêmios SHELL, APCA e Aplauso Brasil. Vencedor do Shell melhor Iluminação.
Elenco: Luciana Lyra, Débora Duboc, Lilian Blanc, Cristina Cavalcanti, além de Sônia Guedes e Jairo Mattos que entraram para essa temporada, substituindo Agnes Zuliani e Eucir de Souza.

Tem o mérito de mostrar as dores de mulheres que nos ensinam a agradecer a vida. Claro que a função do teatro não é a de trazer, necessariamente uma mensagem, mas o teatro que nos faz refletir sobre o mundo em que vivemos, que nos toca e nos transforma de alguma maneira, é urgente, necessário.

Um berço de Pedra mostra gritos de mães que por motivos diversos estão em situações em que os seus filhos correm perigo ou elas precisam deixa-los em nome da sobrevivência. O texto mais tocante do excelente dramaturgo Newron Moreno. Emoção, pura emoção!

Em cena estão mulheres fortes, lutadoras, mulheres vingativas e mulheres, que num primeiro julgamento, foram relapsas com relação ao filho ( mas como julgar, por exemplo, uma mãe que entrega seu filho a um desconhecido para que ele não morra de fome?; como ver sem sentir um nó no peito a dor de uma mulher que foi estuprada e ainda teve que suportar o grande suplício de ver a sua filha na mesma situação?!).

A miséria e a guerra são as causas predominantes de tragédias e enfrenta-las é algo desesperador. Ser mãe é sinônimo de luta, resignação. Em alguns momentos o tom é realista, em outros, a tragédia invade o palco (sempre com uma unidade impressionante).
De uma maneira poética, forte, pulsante, o diretor William Pereira guia os atores que estão sublimes em cena. Ele é o maestro dessa sinfonia de um tempo lastimoso, onde a guerra, a fome, a falta de liberdade e a loucura ocasionam tragédias, lamúrias, lutas.

A esperança é algo remoto e o ventre da mulher simboliza a dor e o grito de mulheres que estão por toda a parte desse mundo em que as pessoas, mesmo diante de tanto avanço tecnológico, insistem em cometer atrocidades em nome do amor, da religião e do dinheiro. A violência das armas está na Síria e em todos os países em que não existe liberdade. A violência do desrespeito, no entanto, é universal e causa de destruição de milhares de mães, de milhares de filhos.

A figura masculina entra em dois momentos somente, mas são personagens que fogem da figura do pai. Um deles é um estuprador que fica frente a frente com a mulher abusada e grávida. O outro está na rua e vê atônito uma mãe entregar o seu filho em nome da sobrevivência.

A luz e a trilha ajudam a dar vigor ás cenas, a aflorar as emoções. A música acompanha as tragédias, as emoções dos personagens, mas também é um bálsamo porque faz com que a respiração volte, já que é difícil se mexer na cadeira diante de cenas arrebatadoras.
A fala, os sentimentos e os corpos acompanham a sinfonia que embala as histórias de vida das personagens!

O cenário ajuda a ambientar as histórias num tempo e espaço incerto; espaços de dor, delírio e também de esperança ( a mãe que acredita que seu filho, desaparecido na ditadura pode voltar, ou a senhora que busca os esqueletos do seu filho e sonha em juntá-los para que essa ação devolva-lhe a vida.

A mãe-terra recebe a história de mulheres que enfrentam as suas dores, amores dilemas, numa desesperadora saga de desencontros e a alma dilacerada por uma realidade dura, sem tréguas e que arremata o âmago do nosso ser.

Ficha Técnica:
Texto de Newton Moreno
Direção e Cenografia: William Pereira
Figurinos: Cristina Cavalcanti
Trilha sonora: William Pereira
Iluminação: Miló Martins
Programação Visual: Eduardo Reyes
Fotografia e Registro em Vídeo: Marcos Frutig
Projeções: Daniel Mantovani
Visagista: Leopoldo Pacheco
Cabelos: Paolo Biagiogli
Aderecista: Michele Rolandi
Direção de Produção: Leopoldo De Léo Junior
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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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