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| TEATRO | ||||||||
| Acompanhe o melhor do teatro adulto e infantil! As principais estreias nos palcos estão aqui. Não deixe de ler as matérias e críticas. |
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Esperando Godot reestreia no Tucarena | ||||||||
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Bom, vcs perceberam que estou indicando bastante, mas eles merecem a casa de espetáculos cheia. Nem sempre o teatro traz trabalhos com uma harmonia tão perfeita. Elenco excelente. Prestem atenção na interpretação de Claudio Fontana (Vladimir), de uma sutileza encantadora, com certeza um trabalho marcante na trajetória de um grande ator, que foi o grande destaque em 2016, na minha opinião. E olha que no ano passado muitos atores brilharam em cena! Ele e Elias Andreato (Estragon) têm uma cumplicidade que transborda carisma, empatia e talento. Vladimir já tem uma certa idade, não tem muito mais o que esperar na vida; a única esperança é a chegada de um certo Godot. Tudo isso pode ser visto na interpretação de Fontana, na voz, nas entonações, na expressão corporal. Um personagem que carrega o peso de uma vida sem graça, mas que também traz um resquício de poesia na alma. Ah e Claudio Fontana canta em alguns momentos, o que promove maior encantamento ao personagem e às cenas! Elias, Elias é um ator que consegue transitar pelo drama e pela comédia de maneira tocante. A sua generosidade enquanto diretor é visível, pois ele deixa espaço para que os seus colegas mostrem todo o talento que possuem. A sua direção é precisa com relação ao respeito com o texto, prima pela técnica na interpretação, mas deixa que a emoção aflore em cada ator. Uma mistura certeira entre técnica e emoção. Agora, a presença de Vlad e Estragon não seria tão marcante se os atores não contassem com a participação de colegas de muita competência: Clovys Torres, no seu melhor papel no teatro e uma expressão corporal intensa, incrível ( Lucky); Raphael Gama ( Pozzo), que leva para a cena a sua habilidade para o canto e o espírito enigmático de um personagem controlador, que abusa do seu poder; e Gui Bueno, o menino (seu primeiro trabalho profissional e já demonstra que tem uma carreira promissora). Um elenco que leva para a arena um texto extremamente atual e que ganha nas mãos de Elias Andreato, que como vocês leram, brilha no palco e na direção, uma poesia que nos faz pensar sobre o mundo individualista em que vivemos, onde as pessoas só agem, isso quando agem, em benefício próprio. O Esperando Godot dirigido por Elias está focado na espera, a espera sem fim de um tempo que passa, mas passa muito devagar e não promove grandes mudanças... O tempo da espera está impresso claramente no cenário e na luz. A trilha acompanha a concepção cênica do diretor e entra para realçar o absurdo de uma existência vazia e realça também a fagulha de vivacidade e empatia que ainda permanece nos personagens. O figurino de Gabriel Villela traz cores sóbrias, mas sem deixar de lado a beleza nos detalhes (característica, aliás, dos figurinos criados pelo artista nos seus trabalhos), dando mais vigor ainda ao espírito poético da encenação. Logo após a estreia, que aconteceu no início de setembro, escrevi sobre essa montagem, mas depois fui rever mais duas vezes. No decorrer do tempo, a encenação ganhou força e dinamismo ( essa é a beleza do teatro: a oportunidade do ator se aprimorar a cada apresentação). O espetáculo fez temporada em São Paulo, no Tucarena, com boa receptividade de público e crítica, viajou para o Rio de Janeiro, fará mais uma temporada em São Paulo (no mesmo teatro) e depois viaja. Aproveitando ou não a nossa vida, o tempo voa. Se você ainda não conferiu esse espetáculo, não perca tempo e vá logo para o Tucarena. Sempre digo que o teatro é mágico, mas que existem momentos em que essa magia é muito intensa e o resultado são trabalhos que ficam na nossa memória de maneira especial. Esperando Godot é um desses momentos. Reestreia dia 21 de janeiro Teatro TucArena Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h Garantam seu ingresso pelo ingresso rápido www. Ingressorapido.com.br Produção: DNA Produções Artísticas |
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