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| TEATRO | ||||||||
| Acompanhe o melhor do teatro adulto e infantil! As principais estreias nos palcos estão aqui. Não deixe de ler as matérias e críticas. |
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Ninguém sabe meu nome é um grito contra o racismo | ||||||||
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@ninguemsabemeunome_ @ana_carbatti Espetáculo que precisa ser visto. Racismo é crime e nunca, NUNCA, é demais falar sobre isso. É um trabalho que fala de amor, respeito e cuidado num mundo em que ainda, infelizmente, impera a ignorância. Como sempre digo, o racista é doente, mal amado(a) e infeliz. Gente feliz quer é a felicidade de todos. Racismo é crime e precisa ser denunciado. Claro que dinheiro é importante, mas nada paga um ato de violência física e/verbal. O que tem que ocorrer é punição severa para os criminosos. Racismo não é liberdade de opinião, racismo é repugnante, é CRIME! Injúria racial é CRIME! #deolhonacena Ana Carbatti, intensa, talentosa, canta lindamente, arrebata a gente! Direção Inez Viana e Isabel Cavalcanti Viver está perigoso. É preciso tomar cuidado, sobretudo nas grandes cidades. Cuidado com bandidos e com ações de abuso de poder. Para os pretos, o perigo é muito maior. Uma pessoa preta tem muito mais probabilidade de ser parada pela polícia. A pessoa negra é desrespeitada diariamente em todos os lugares: na rua, no trabalho, na busca por trabalho. Em todos os lugares ainda é possível encontrar quem a trata com menosprezo. Alguém acreditar que a cor de pele determina o grau de caráter ou de conhecimento de uma pessoa é horripilante. Injúria racial/racismo não pode ser tratado como opinião, liberdade de pensamento. É crime! Imagina o desespero uma mãe preta cada vez que o seu filho sai pra estudar, passear, trabalhar? Pior ainda se mora numa comunidade. Se a pessoa é pobre e preto a probabilidade de sofrer atos violentos é altíssima. Como lidar com isso, dia e noite, noite e dia? Só um preto sabe como é. Tento ser solidária, estar no lugar dessa pessoa, mas sou branca e nunca terei a real noção do quanto é desesperador. Após um governo de tendência fascista, que teve a audácia de dizer que seu filho jamais se casaria com uma preta porque ele foi bem criado, vivemos um tempo de esperança, mas atos racistas, seja através de palavras ou ações violentas, acontecem diariamente. Como mudar isso? Através da educação, de conversas e reflexões. Ouvir, ouvir e ouvir o outro, estudar, buscar informação e transmiti-la. O teatro tem abordado o quanto o preto é massacrado e falar disso é necessário. É urgente. Na peça Ninguem Sabe Meu Nome, o teatro cumpre a sua função de entreter e provocar o fortalecimento do senso crítico do espectador. Ana vive Iara, mãe preta, de um menino também preto, que desaparece por um momento. Mais um caso entre tantos em que uma mãe já pensa no pior. Desespero, angústia. Será que algo grave aconteceu, será que algo grave aconteceu por ele ser preto? Ora, mas ele é só uma criança e - está em casa brincando! Mas retrata um pesadelo de uma mãe que já pensa no amanhã. Hoje tudo certo, "sob controle", mas como será na escola, como será quando ele já puder sair só? Como dizer a um menino tão novo que a sociedade tem tanto preconceito? Como fazer com que o filho seja feliz mesmo com tantas barreiras? São tantos relatos de jovens pretos que são presos, são vítimas de abuso! É aquela história tão conhecida: o branco raramente é confundido com bandido, já o preto... Preto que ocupa lugar que é prioritariamente ocupado por branco assusta quem é doente e preconceituoso...viver em paz é o mínimo que todo ser humano merece. Respeito e paz! Em uma conversa íntima com o público, uma conversa muito íntima, dolorida, instigante, há momentos em que as falas trazem um teor de poesia, em outros momentos é a indignação que fala mais alto. Surgem na peça o canto, o grito, o sonho, a alma de uma mãe que ama o seu filho e clama por respeito, clama para que todos entendam que todos somos merecedores de amor e oportunidades. Quem discrimina é digno de lástima e de punição. Pretos anônimos assassinados. Alguns ganham notoriedade na mídia, outros nem ficamos sabendo. Tragédias banalizadas. Isso não pode ocorrer! O teatro grita por respeito através da atriz Ana Carbatti. Ana felizmente é atriz de sucesso, conquistou o seu espaço, mas ser artista e preta também é complicado, pois ainda hoje muitos trabalhos são oferecidos em novelas, peças e filmes onde a participação é em papeis de escravos e empregados domésticos. Apesar das adversidades, existem pretos em todas as profissões e isso não pode ser exceção! Ninguém sabe meu Nome é teatro, é palestra, é a alma de uma atriz que fala de racismo, do quanto ele é terrível, através de uma personagem instigante, ora forte, ora tentando se equilibrar. O espetáculo traz uma resolução cênica que faz com que o público embarque em tudo o que é exposto. Voz, interpretação, canto e movimentações no palco agindo em prol da arte feita para emocionar e fazer pensar. Tudo é ficção porque tem dramaturgia, tem a Iara, que é personagem, mas também é real porque Ana também é mãe e como a sua personagem, carrega as preocupações expostas no espetáculo. Para além do que é dito pela personagem na peça, Ana morou em Laranjeiras com a família. Relata em entrevista que era parada com o irmão pela polícia. A questão posta era: como pessoas pretas estão passeando num bairro de classe média alta, e prioritariamente branco da zona sul? Pois é, esse espetáculo nos faz pensar no quão absurdo é esse preconceito doentio...muitos policiais são pretos também! Gente preconceituosa é doente, ignorante e infeliz! O que podemos fazer em prol de um mundo mais harmônico? Vamos refletir e agir. Mostrar texto das mensagens anteriores Como diz a atriz Ana Carbatti: "Sair de casa para ir ao teatro já é um ato político" www.sescsp.org.br Sesc Pinheiros |
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