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| TEATRO | ||||||||
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Elizabeth Costello - Atriz Lavínia Pannunzio é a idealizadora do projeto e atua no espetáculo solo sob direção de Leonardo Ventura | ||||||||
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Atriz Lavínia Pannunzio é a idealizadora do projeto e atua no espetáculo solo Elizabeth Costello.Desde 2017 ela está se preparando para viver a personagem e o resultado mostra que o seu estudo foi essencial para a sua segurança no palco. Lavínia é grande atriz e tem um domínio do palco arrebatador. Cativa o público porque cada palavra e cada gesto têm um motivo, uma intenção. Com direção de Leonardo Ventura (que também é ator), a partir da obra homônima do sul-africano JM Coetzeem, a atriz tem liberdade de mostrar toda a sua competência para realizar um trabalho belo e complexo. É nítido que Ventura a guiou no palco, mas deixando o foco na excelência da atriz e no texto , que é extremamente atual no seu conteúdo. Uma fala essencial em tempos de intolerância e num momento em que manifestações de cunho fascista no Brasil e no mundo ainda persistem. Elizabeth é uma velha escritora que vive entre gatos em uma aldeia do interior e a sua criação é registrada num gravador. Lavínia é a narradora que discorre sobre a obra e o autor J.M.Coetzee , a escritora que cria uma ficção e revê a sua trajetória, os seus anseios e crenças, além da personagem que precisa passar por um portão e para isso precisa responder certas questões para uma banca de juízes. Momentos que se embaralham e que ela delimita com perfeição, através da diferenciação da postura, da voz, dos gestos e também do olhar. São vários personagens ou as nuances de uma mesma pessoa, evidenciando a tragédia do Holocausto? A peça realiza também reflexões sobre filosofia, poesia, história, o amor, o corpo feminino e a condição da mulher, sobre a natureza e clama pelos direitos dos animais. Até que ponto a escritora e a personagem criada por ela são as mesmas pessoas, ou têm as mesmas inquietações? Quais são os limites entre o autor e o personagem? Usando as palavras certeiras do ator e produtor Claudio Fontana: ¨ Uma atriz que domina o palco e a narrativa, envolvendo a plateia com seu despojamento e sua total ausência de vaidade. Lindo! ¨ A sua entrega é imensa e a intensidade de sua interpretação é profunda (ao mesmo tempo as cenas fluem de uma maneira que prende a atenção e a atriz está muito à vontade no palco). O cenário de Chris Aizner promove o espaço para a atriz contar e interpretar a história nos seus diferentes planos; o desenho de luz de Aline Santini evidencia as diversas camadas da personagem e promove um jogo interessante entre realidade e ficção, passado e presente, assim como o figurino de Cássio Brasil e a trilha de L.P. Daniel. Ficha técnica Autor: J.M. Coetzee. Direção e dramaturgia: Leonardo Ventura. Idealização e atuação: Lavínia Pannunzio. Cenário: Chris Aizner. Figurino: Cássio Brasil. Desenho de luz: Aline Santini. Trilha original composta e engenharia de Som: L.P. Daniel. Assessoria de imprensa: Ofício das Letras. Fotos: João Maria. Móveis cedidos ao espetáculo: Júlia Krantz. Designer gráfico: Zootz Comunicação. Produção: Corpo Rastreado. Serviço Onde - Universitário Maria Antônia – Sala Multiuso Rua Maria Antônia, 258 – Vila Buarque – São Paulo, SP (próximo às estações Higienópolis e Santa Cecília do metrô) Quando - 22 de janeiro a 16 de de fevereiro | quarta a sábado, 21 horas, e domingo às 20 horas Duração - 70 minutos Classificação indicativa - 16 anos Quanto - R$ 30 e R$ 15 (venda on-line pelo Sympla https://bit.ly/36S6KqP e na bilheteria do teatro 1 hora antes das apresentações) Lotação - 72 lugares Informações - (11) 3123-5222 |
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