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Críticas - Teatro Adulto

Pretoperitamar - O Caminho que vai dar Aqui
Publicado em 20/01/2020, 22:00
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Pretoperitamar
Uma oportunidade ímpar para conhecer a vida e obra desse artista que merece ter a sua carreira homenageada.
Não cheguei a ver um show ao vivo do Itamar Assumpção, infelizmente, mas o via sempre na TV Cultura ( especialmente no Programa Metrópolis)
Entre os seus amigos e parceiros, Arrigo Barnabé; as suas canções eram de extrema criatividade e brincavam com os sons e as palavras, música-poesia; continham critica social, sobretudo com um conteúdo relacionado à raça negra, explorando, por exemplo, a sua visão sobre a arte, a vida, a negritude e a religiã


Francisco José Itamar de Assumpção, mais conhecido como Itamar Assumpção (Tietê, 13 de setembro de 1949 — São Paulo, 12 de junho de 2003) foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro.
Fez parte da vanguarda cultural paulistana principalmente nos anos 80 e 90, e Arrigo Barnabé está entre os seus grandes amigos e parceiros, numa época em que Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Isca de Polícia e Língua de Trapo também marcavam espaço. Não tinham lógico, divulgação na TV ( a TV Cultura, claro, era um local para conhecê-los). E o Lira Paulista, onde os artistas se apresentavam e se encontravam (depois virou selo independente de música).
Fazia parte de um grupo de pessoas que não queria que as gravadoras decidissem o rumo de suas criações e por isso Itamar era produtor independente.
Suas canções eram de extrema criatividade e brincavam com os sons e as palavras, música-poesia; continham critica social, sobretudo com um conteúdo relacionado à raça negra, explorando, por exemplo, a sua visão sobre a arte, a vida, a negritude e a religião.
Toda a irreverência de um artista plugado no seu tempo está em cena nesse trabalho classificado como ópera porque mistura texto e música.
A sua trajetória é mostrada de modo não cronológica. Vale a pena pesquisar a sua carreira porque a ideia não é explicitar a sua trajetória e sim evidenciar a sua alma como artista, numa miscelânea de canções que são interpretadas com encenações performáticas, contendo histórias e personagens que vestem figurinos coloridos e chamativos.
No palco, atores e músicos contam uma história de um homem que vivia para a música, respirava as suas criações no cotidiano e morreu em 2003 de câncer, merecendo ter sua vida e obra sempre reverenciada.
Itamar morre e faz uma viagem para o futuro. Querem que ele volte para a comemoração dos seus 70 anos. E a festa de viver e criar músicas sempre será uma luz para as novas gerações, já que momentos de sua vida e shows são registrados por uma documentarista vivida pela excelente atriz Claudia Missura.
Não é um espetáculo de fácil entendimento ( e nem as suas canções – e por isso são tão interessantes1). Se fosse um espetáculo ¨tradicional¨ estaria completamente fora do que o Itamar representa para a nossa cultura. Um artista que criava não somente músicas para se ouvir e divertir, mas para o ouvinte buscar nas mesmas uma trama e uma crítica nas letras.
Segundo Anelis, em entrevista para a divulgação do musical, o seu pai desenvolvia ideias sobre como uma planta pensaria e se expressaria, também fazia esse exercício com animais, formigas ( e, claro, que tudo influenciou as suas criações musicais).

FICHA TÉCNICA
Coordenação geral, concepção e pesquisa: Anelis Assumpção
Direção: Grace Passô
Dramaturgia: Ana Maria Gonçalves e Grace Passô
Direção musical: Anelis Assumpção e Iara Rennó
Diretor Assistente: Ricardo Alves Jr
Elenco e intérpretes: Allyson Amaral, Claudia Missura, Denise Assunção, Fabrício Boliveira, Iara Rennó, Negro Leo, Thalma de Freitas e Tulipa Ruiz
Músicos: Curumin (programações), Daniel Conceição (bateria), Edy Trombone (trombone, bombardino, flügelhorn e percussão), Klaus Sena (baixo), Maurício Badé (percussão), Ricardo Braga (percussão) e Saulo Duarte (guitarra)
Participações especiais: Arrigo Barnabé, Leda Maria Martins, Zena Assumpção e Zora Zantos
Pesquisa de arte: Isadora Gallas
Cenografia: Rodrigo Bueno
Assistentes de cenografia: Elandro Pereira e Ojire Ventura
Cenotécnico: Robson Affini
Lambes, estandartes e viseiras: Cauê Maia
Máscaras e óculos: Novíssimo Edgar
Óculos Negro Leo: Den Optika
Figurino e adereços: Gustavo Silvestre
Costureira: Neuza Sorrino
Artesão assistente: Anderson Figueiredo
Visagismo: Simone Souza e Anelis Assumpção
Maquiagem e Cabelo: Célia Santos, Fabricio de Lana Henrique, Roni César, Simone Souza e Wendel Melo
Desenho de luz: Jathyles Miranda
Projeções e operação de luz: Anna Turra
Técnicos de som: Allyne Cassini, Gabriel Leite e Gustavo Lenza
Roadies: Elis Menezes e Nino Rodrigues
Projeto gráfico: Julia Braga e João Simões
Fotografias: Duda Portella (elenco), Shai Andrade (Fabrício Boliveira)
Tratamento de imagem: Henrique Araujo
Citações de Alice Ruiz (Se a Obra é a Soma das Penas), Paulo Leminski (O Novo / Caprixos e Relaxos), Audre Lord (Sister Outside), bell hooks (We, Real Cool)
Direção de movimento: Kenia Dias
Direção de movimento nas músicas Zé Pelintra, Ogun, Iemanjá e Nega Música: Luciane Ramos
Diálogos no processo: Zé Fernando Azevedo
Coordenação de comunicação: Tais Reis
Assessoria de comunicação: Cranta — Bruno F. Duarte e Érica Magni
Assistente redes sociais: Rubi Assumpção
Produção: Flávio de Abreu, Marina Deeh, Marta Carvalho e Tatiê Spalla
Produção executiva e coordenação de produção: Priscila Melo

Sobre Itamar:
Francisco José Itamar de Assumpção nasceu em Tietê, no interior de São Paulo, no dia 13 de setembro de 1949. Bisneto de escravizados angolanos, cresceu ouvindo os batuques do terreiro de candomblé em Arapongas, no Paraná, para onde se mudou aos 12 anos. Aprendeu a tocar violão sozinho. Mudou-se para São Paulo em 1973 para se dedicar à música. Era casado com Elizena Brigo de Assumpção, sua companheira por 35 anos e teve duas filhas: Serena (falecida em 2016) e Anelis Assumpção, ambas cantoras e compositoras.
Misturava samba com rock e funk e teve influência de Adoniran Barbosa, Cartola, Jimi Hendrix e Miles Davis, e de poetas como Paulo Leminski e Alice Ruiz.
Zélia Duncan o considera gênio e já gravou muitas canções do artista. Possui um álbum dedicado a ele: Zélia Duncan canta Itamar Assumpção - Tudo Esclarecido

Alguns links interessantes
O seu último álbum
Pretobrás: Por Que Que Eu Não Pensei Nisso Antes? (1998) Álbum Completo
https://www.youtube.com/watch?v=3JXwpA48OzU
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1306200338.htm
https://istoe.com.br/peca-em-homenagem-aos-70-anos-de-itamar-assumpcao-foi-feita-pela-filha-do-artista/
https://almapreta.com/editorias/realidade/itamar-assumpcao-ganha-espetaculo-idealizado-pela-filha-anelis
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_a_l/cassianoricardo/index.php?p=10689
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7477/1/arquivo3873_1.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=LLXPi5ZCGa4

O musical fez temporada no Sesc Pompeia. Torcer para que volte e mais pessoas possam prestigiar. Itamar é riqueza musical brasileira.
Clique nas imagens para ampliar:

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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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