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| TEATRO | ||||||||
| Acompanhe o melhor do teatro adulto e infantil! As principais estreias nos palcos estão aqui. Não deixe de ler as matérias e críticas. |
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Belchior: ano passado eu morri,mas esse ano eu não morro” | ||||||||
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O musical conta com a direção de Pedro Cadore, que também assina a organização de textos ao lado de Cláudia PintoNesses tempos em que os governantes do nosso país não têm a mínima noção da magnitude da arte e da importância da educação, do respeito e do amor, ouvir as palavras de Belchior é um bálsamo. Cearense que tem um cancioneiro de genialidades e que entre os seus maiores sucessos, certamente o maior, tem a música Como nossos pais, famosa na voz de Elis Regina. Artista engajado, Antonio Carlos Belchior evidência nas suas canções a visão de um rapaz latino-americano que acreditava na arte poesia como meio de um mundo melhor. Falar de sua vida é homenagear um artista genial e atuante. Teve reconhecimento, mas perto de sua morte não teve a atenção merecida. De qualquer maneira, a luz do seu talento continua viva. O musical não traz uma história linear, mas apresenta o seu pensamento através de um roteiro elaborado através de entrevistas que ele deu durante a sua trajetória profissional. No palco, o velho e o novo, o menino sonhador e o artista atuante. Belchior é vivido por Pablo Paleologo e Bruno Suzano, interpreta o personagem chamado pelos autores de Cidadão Comum, figura recorrente nas canções de Belchior e considerado seu alter ego. Paleologo representa o artista enquanto intérprete de canções memoráveis e compositor incrível, com trejeitos e voz que lembra Belchior, mas sem imitação. A ideia é buscar a sua essência. Suzano representa o menino que expõe os seus sonhos e pensamentos sobre a arte e a vida, narra um pouco da trajetória de Belchior, mas sem uma narrativa cronológica e detalhista (apenas momentos marcantes e falas que mostram as suas ideias e inquietações) . A estrutura cênica é simples e o foco da encenação está na riqueza do repertório e nos pensamentos do músico. Dá vontade de anotar cada palavra dita em cena porque traz um conteúdo que precisamos, mais do que nunca ouvir - para que a censura, que está tomando forma nesses tempos sombrios, não termine com a nossa liberdade de viver e sonhar. A luz emoldura o clima poético e me incomodou as muitas saídas de cena de Paleologo trocar de roupa, mas nada que prejudique a qualidade da encenação. A banda toca com a competência necessária para que a interpretação das canções seja realizada com qualidade pelos atores cantores. Direção focada na magnitude das músicas e na interpretação dos atores. A arte mostra a sua força nesses tempos complicados. Teatro lotado, público aplaudindo com vigor e temporada estendida com apresentações na próxima semana. A força da arte poesia é maior do qualquer governo. Não irão conseguir acabar com a magia da arte! Sobre Belchior: O cantor e compositor Belchior nasceu dia 26 de outubro de 1946, em Sobral, norte do Ceará, e já no início da década de 70 veio para o eixo Rio-São Paulo tentar emplacar suas canções em festivais de música. Seu sucesso inicial aconteceu quando a cantora Elis Regina interpretou duas de suas músicas em seu espetáculo ‘Falso Brilhante’: “Velha Roupa Colorida” e “Como Nossos Pais”. Belchior faleceu há dois anos, mas seus últimos dez anos de vida já foram de quase silêncio total para a mídia, com raras notícias, entrevistas ou shows. Teatro Liberdade Rua São Joaquim, 129 São Paulo Informações https://www.facebook.com/belchiormusical/ |
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